BARRA MANSA
Em celebração ao Dia da Consciência Negra, 20, a Fundação Cultura realizou o lançamento do livro do jovem escritor barra-mansense Gabriel Sanpêra, ‘Fora da Cafua’. Além disso, celebração ao dia da Consciência Negra, foi realizada uma roda de conversa na Estação das Artes com os Coletivos Encrespar, Fuzuê e OICN; na qual também estiveram presentes a vice-prefeita Fátima Lima, e, representando a Coordenadoria Municipal de Políticas sobre Drogas (Compod), o coordenador César Thomé.
Na ocasião o autor contou a sua história e a inspiração de seus escritos, leu algumas passagens do livro e autografou os exemplares para o público presente. Gabriel nasceu e cresceu no bairro Vista Alegre, e atualmente reside em São Paulo, onde estuda. Está se graduando em Letras na Universidade Anhembi Morumbi. “É o livro onde saio da zona se conforto, é também relicário de menino preto. Este livro foi inteiro escrito pelo bloco de notas do telefone e chega a dar arrepios a ideia de que está concluído, está pronto. Muitos duvidaram, riram e não deram ideia, mas a base que é forte apoiou e deu norte. Iniciei esta caminhada bem forte.
Enquanto negro, LGBT, nascido no interior do Rio de Janeiro, em uma cidade de realidade e identidade compartilhada este livro também se torna uma vitória. Pois em meio a tantos jogos e seduções que acometem nós jovens negros, eu venci e segui a caminhada sem me deixar seduzir ao pouco. Pois se fosse o pouco eu estaria hoje no pó”, destaca o autor.
Gabriel tem apenas 21 anos de idade, mas seus poemas já estampam as páginas de publicações no exterior do Brasil, e aqui configuram nas seleções de jovens autores brasileiros em ascensão. Sua agenda de trabalho e seus poemas podem ser acompanhados na página de Facebook Escrito Marrom – por Gabriel Sanpêra; e Instagram @escritomarrom. ‘Fora da Cafua’ já está disponível para venda no site da Livraria Travessa, no link https://bit.ly/2DQJrmq.
Sinopse
Das matas aos mares, Gabriel Sanpêra apresenta a poesia com café fedendo a sangue. A escravidão, o banzo, a periferia, a violência policial, o dia-a-dia que sufoca com e sem lirismo. A pancada vem, mas se mistura ao amor LGBT, ao acolhimento matrilinear, aos caboclos e à Iemanjá.
Poesia brasileira com ares de quem deseja mais e ousa. Tudo escrito nas pontas dos dedos, usando o próprio celular. Gabriel escolhe sua estética híbrida.