VASSOURAS
A Fundação Educacional Severino Sombra (Fusve) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) assinaram, nesta quarta-feira (22), um Memorando de Entendimento (MoU) para viabilizar a criação do primeiro centro de protonterapia no Brasil. O projeto busca oferecer tratamento oncológico avançado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A protonterapia, tecnologia de alta precisão, utiliza feixes de prótons para destruir células cancerígenas, reduzindo danos a tecidos saudáveis e efeitos colaterais, sendo especialmente eficaz em casos pediátricos.
O acordo, com vigência inicial de 36 meses, foi firmado pelos presidentes da Fusve, Gustavo Oliveira do Amaral, e da CNEN, Francisco Rondinelli Júnior. A parceria pretende unir esforços para integrar a tecnologia ao SUS, ampliando as opções terapêuticas no combate ao câncer.
Avanço histórico
Segundo Rondinelli, o centro será um marco para a radioterapia no Brasil, fruto da colaboração entre setores público e privado. “Trabalharemos para criar as condições necessárias à implantação desse modelo inovador, essencial para a população”, destacou.
Gustavo Amaral enfatizou o papel da CNEN como suporte técnico-científico e reforçou o compromisso da Fusve em trazer inovações para o país. “O projeto visa reduzir sequelas e melhorar a eficácia dos tratamentos, especialmente os pediátricos”, explicou.
Próximos passos
A definição do local de instalação e a aquisição de equipamentos estão entre as próximas etapas. O projeto, que demanda significativo investimento, dependerá do apoio de órgãos de fomento e do poder público.
Embora a Fusve seja uma fundação privada de caráter filantrópico, o modelo de atendimento do centro poderá variar entre 100% SUS ou uma combinação com serviços privados, dependendo das negociações com o Ministério da Saúde. O objetivo principal é oferecer aos brasileiros o acesso a um tratamento ainda inexistente no país.
Atualmente, o Brasil é a única grande economia mundial sem a tecnologia de protonterapia.