Furar as orelhas do bebê sem dor é possível?

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SUL FLUMINENSE

Existem famílias que evitam furar a orelhinha da bebê por medo de colocá-la a situações de risco ou que promovam algum tipo de dor e desconforto. Os pediatras recomendam que as mamães só coloquem o acessório em suas bebês após o segundo ou terceiro mês de vida. Argumentam que a bebê estaria mais protegida contra infecções se tiver tomado pelo menos as primeiras doses das vacinas.  Não há um consenso dos especialistas sobre uma idade exata para se fazer isso.

De certo modo, antes era natural as crianças terem as suas orelhas furadas de maneira bruta sem qualquer preparo ou cuidados que evitassem o seu desconforto. Mas, nos últimos anos, surgiram muitas técnicas que facilitam esses processos. O objetivo é garantir o bem-estar da bebê, ou seja, sem dor ou qualquer risco. Apesar de o local onde se faz o furo ser cartilaginoso, é sempre doloroso para a bebê, criança ou adulto. A tolerância à dor é subjetiva e varia de pessoa para pessoa. Não se pode dizer que furar as orelhas dói mais ou menos.

Atualmente há métodos para furar a orelhinha  sem causar qualquer tipo de dor ou desconforto ao bebê. Já existem técnicas e aparelhos que ajudam a encontrar um ponto neutro na orelha e, dessa forma, ao ser perfurado não causa dores na criança.

Os acupunturistas costumam dizer que as orelhas são microssistemas e cada parte dela pode corresponder a uma área ou órgão do corpo. Nesse sentido, quando você vai furar a orelha e atinge um ponto que representa a cabeça, por exemplo, é possível ter reações quanto a isso como uma dor de cabeça e até razões maiores. “É por isso que o ato de furar a orelhinha do seu bebê não pode ser feito de qualquer forma ou com pessoas aleatórias. Existem muitos pais que acreditam na possibilidade deles mesmos fazerem esse processo. Porém, ao menos que eles tenham conhecimento para isso, é provável que promovam riscos desnecessários aos bebês”, destaca a acupunturista Isabella Campos, acrescentando que furar a orelhinha da criança é algo opcional para a família, mas respeitar medidas que tornam esse processo seguro e higiênico é algo indispensável para o bebê.

Ainda que muitos pais achem que quanto mais cedo furar a orelha da criança, melhor, como é o caso da dona de casa, Jordana Abreu.  “Alice estava com dois meses quando furei as orelhinhas dela. Levei à farmácia, verifiquei a higienização e deu tudo certo. A enfermeira me explicou que o bebê sente dor igual a um adulto, mas a dor da perfuração é menor do que a de uma injeção, pois a sensibilidade na orelha é menor, mas isso não significa que não dói”, citou.

Onde furar

Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o procedimento para farmácias e drogarias desde que o furo seja efetuado com pistola e brincos regularizados junto ao órgão. Além disso, os brincos devem ser abertos na frente do paciente e colocados depois da higienização do local.

Após o furo, os responsáveis recebem do estabelecimento uma declaração de serviços farmacêuticos que deve conter: dados do brinco e da pistola, data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do farmacêutico responsável pelo serviço.

Os hospitais e clínicas que realizam o procedimento não disponibilizam esse certificado, pois já possuem o alvará da Vigilância Sanitária, que assegura as medidas de segurança. Para saber qual farmácia está autorizada pela Anvisa a realizar o procedimento, você pode consultar por meio do site do órgão.

Outro ponto importante é a escolha do brinco. Prefira os de ouro maciço ou aço inoxidável, que são hipoalergênicos. Lembre-se também de que eles não podem ser grandes, de argola, pontiagudos ou com detalhes que possam enroscar nas roupas do bebê. Por isso, fique atenta. Para higienizar o local, você pode lavar a orelha do bebê com água e sabão todos os dias. Também é necessário rodar o brinco delicadamente para evitar que ele grude no lóbulo da orelha.

 

 

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