Fundo da ONU visita Piauí para acompanhar projeto de apoio a pequenos agricultores

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PIAUÍ

Representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) das Nações Unidas reuniram-se nesta semana com oficiais do governo do Piauí para abordar a implementação do Projeto Viva o Semiárido, uma iniciativa que visa fortalecer o negócio de pequenos agricultores no estado.

A missão cumpre agenda no Piauí até esta sexta-feira, dia 20. Houve reuniões em Teresina (PI) entre o secretário de estado da Agricultura Familiar, Hébert Buenos Aires, e o oficial de projetos do Fida no Brasil, Hardi Vieira, e seis integrantes da equipe.

O objetivo dos encontros foi fazer um balanço do que já foi implementado este ano, preparar novas ações e delinear recomendações e prioridades para 2020. Segundo o secretário de Agricultura Familiar, a reunião também serviu para determinar onde serão aplicados os recursos remanescentes.

As equipes também trabalham em um novo projeto de desenvolvimento do Piauí, denominado Piauí Sustentável e Inclusivo, que terá financiamento de 150 milhões de dólares por parte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A carta-consulta já foi elaborada e enviada ao Ministério da Economia, de acordo com o secretário estadual.

“Essa equipe estará em campo visitando os locais onde terão, principalmente, as obras maiores, que são as 15 barragens, já levando as informações básicas para o desenho do projeto que estamos propondo”, disse superintendente da Secretaria de Agricultura Familiar, Francisco das Chagas Ribeiro.

“Já tivemos uma consultoria aqui que nos ajudou a produzir a carta-consulta aprovada pela grupo técnico da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) e que deverá ser aprovada pelo plenário da comissão, responsável por dar o aval para o acordo de empréstimo”, completou.

Hardi Vieira ressaltou os avanços do Projeto Viva o Semiárido, que está implementando 211 iniciativas de inclusão produtiva no Semiárido do estado, com recursos aplicados nas diversas áreas como ovinocaprinocultura, avicultura, cajucultura, fruticultura, psicultura e mandiocultura.

“Vimos também a importância de investimentos mistos que incluem, por exemplo, reuso de água, quintais produtivos e pequenas criações na implementação e no envolvimento, principalmente de mulheres”, destacou o oficial.

Projetos especiais que tratam da agricultura biosalina estão sendo implementados em parceria com o Programa Água Doce (PAD). Foi reforçado o engajamento de comunidades e povos tradicionais e dos jovens nas atividades do projeto.

No segundo semestre do ano, houve apoio direto do Projeto Viva o Semiárido à Rota do Cordeiro e Rota do Mel, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em parceria com o Programa Semear Internacional (PSI).

“O Piauí foi selecionado de modo que as experiências do projeto ficaram mais conhecidas, e os participantes ficaram muito impressionados, principalmente com as ações desenvolvidas com a Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Município de Betânia do Piaui (Ascobetânia) e com a Cooperativa dos Produtores e Produtoras Rurais da Chapada Vale do Rio Itaim (Coovita), que estão se transformando em referência nacional e internacional”, disse Vieira.

 

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