Barra Mansa
O Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) pode ser adquirido pela Fundação Educacional Severino Sombra, que tem como uma das mantidas Universidade de Vassouras. Para dar início a possiblidade, a prefeitura, informou que encontrou meios de fazer a viabilização financeira no valor necessário suficiente para a volta da operação da universidade. Porém, para isso, seria necessário o retorno imediato das aulas, que estão suspensas desde o dia 11 de agosto quando foi decretada a greve dos professores. A expectativa do representante da Universidade de Vassouras é que se tudo correr dentro do planejado, e existir a viabilidade, em janeiro de 2023, a UBM passe a fazer parte da Fundação Educacional Severino Sombra, sendo a mantenedora.
Na noite desta quinta-feira, 8, aconteceu uma apresentação das informações com a presença do prefeito Rodrigo Drable, do vice-presidente da Fundação Severino Sombra, Gustavo Amaral, e do reitor atual do UBM, Mário Sila. Participaram funcionários da instituição no encontro realizado no auditório.
“Como a UBM é privada eu precisaria ser provocado para a prefeitura agir. É isso aconteceu. Fizemos uns questionamentos para saber o quanto a reitoria estaria comprometida e tivemos uma resposta muito boa. Para a cidade o UBM não é só um centro acadêmico, empregador, é uma pérola e tem valor. A forma que a prefeitura encontrou permite que a Fundação Severino Sombra faça um aporte inicialmente para ser coberto em um segundo momento pela prefeitura”, disse o prefeito, mencionando um valor aproximado de R$ 5 milhões.
O vice-presidente da Fundação, Gustavo Amaral, contou que a Universidade de Vassouras passou por isso já dez anos e conseguiu sair do problema financeiro. O processo não é simples, e precisa do aval do Ministério Público. Desde maio havia a negociação e segundo o vice-presidente, a entrada da prefeitura fez com que essa viabilidade se tornasse possível. “O UBM continuaria existindo, mas é como se o dono fosse a Fundação Educacional Severino Sombra. Vamos começar esse diagnóstico inicial, levantamento de valores e a outra etapa é como se fosse uma intervenção amigável”, disse. Questionado se seria possível a aquisição, Gustavo disse que é, mas é uma operação complexa, porém, uma possibilidade real. “Vamos dedicar tempo e dinheiro, podendo inclusive dar o aporte inicial com a garantia de uma ação da prefeitura”, afirmou.
ASSEMBLEIA DOS PROFESSORES
Haverá nesta sexta-feira, as 17 horas, uma assembleia do Sindicato dos Professores do Sul Fluminense (Sinpro), em sua sede, para decisão do fim da greve com essa nova situação. O sindicato conseguiu na Justiça a obrigação do pagamento dos salários na última semana, mas a instituição não cumpriu.
O presidente do Sinpro, João Marques, disse que não tinha sido chamado para reunião desta quinta-feira. “Se for boa a proposta vamos querer que seja protocolado na Justiça”, avisou.
O UBM existe desde 1961, tem 2,8 mil alunos matriculados, 26 cursos de graduação presencial e 27 a distância, 430 funcionários e cerca de 200 professores. São dez cursos de pós-graduação presencial e 32 a distância. São cinco meses de salários atrasados, depósitos de FGTS atrasados desde 2008, atraso sequencial de salários desde 2017, assim como 13o salário e férias de 2021.
