Fracassa tentativa de protestos de caminhoneiros nas estradas

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SUL FLUMINENSE

O fluxo de veículos pelo trecho da Rodovia Presidente Dutra, ao longo da Região Sul Fluminense, ocorre normalmente nesta segunda-feira, dia 16. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, nenhum ponto de manifestações de caminhoneiros foi registrado até o momento. Desde o dia 7, havia rumores de uma nova mobilização da categoria pelas estradas de todo o país, desta vez com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a partir das 5 horas de hoje. Entretanto, como o A VOZ DA CIDADE adiantou no dia 10, a liderança da categoria no Sul Fluminense negou adesão ao movimento acompanhado decisão de outros líderes de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre outras localidades.

Segundo o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Sul Fluminense (Sinditac), as entidades que oficialmente representam os caminhoneiros seguem em negociação em Brasília, pela definição da legalidade da tabela do frete mínimo rodoviário, maior fiscalização da ANTT junto das embarcadoras e também a redução do valor do óleo diesel.

O Sinditac repudia o que chamou de ‘ações isoladas de pessoas que se apresentam como líderes da categoria’ e disseminam informações infundadas pela internet, inclusive atribuindo a causa dos caminhoneiros a outras entidades. Vale lembrar, que no dia 7, houve uma reunião entre membros do setor e a diretoria da CUT, no Rio. Um vídeo foi gravado a partir daquele encontro, um dos participantes anunciava a paralisação prevista para esta segunda-feira, o que não ocorreu.

A reunião do dia 7 seria consequência do descontentamento dos caminhoneiros com o governo federal. A classe critica os reajustes de óleo diesel, a falta de aplicação do código identificador de operação de transporte (CIOT) que agilizaria a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) na fiscalização das cargas e posterior constatação do cumprimento do piso mínimo rodoviário, assim como a demora pela votação do Superior Tribunal Federal em definir pela constitucionalidade ou não da lei que instituiu a tabela do frete rodoviário (Lei 13.703/2018).

No Sul Fluminense, o Sinditac repudiou mobilização em meio às negociações e avanços já obtidos com o governo Jair Bolsonaro. “Mantemos nossas lideranças com diálogo aberto junto ao governo federal e o momento é de negociação. Avançamos em diversos aspectos, mas entendemos que é preciso mais, sem dúvida. Porém, o momento é de diálogo. Friso que nossa representação regional não promoverá qualquer ato no dia 16”, destacou o presidente do Sinditac, Francisco Wilde, que através da entidade concentra mais de nove mil associados, em 17 municípios do Sul Fluminense.

Entre os avanços citados constam o anunciou da liberação de R$ 500 milhões para linha de crédito aos caminhoneiros autônomos, com a projeção limite de até R$ 30 mil por motorista, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo federal também realizará o investimento de R$ 2 bilhões em rodovias, sendo R$ 900 milhões para manutenção das estradas.

Entretanto, a política nacional de preços dos combustíveis segue como carro-chefe na pauta dos caminhoneiros e o governo, assim como o piso mínimo. “Estamos atentos e somos os principais interessados em resolver e melhorar a vida do caminhoneiro. Mas, não podemos compactuar de atitudes isoladas, que podem prejudicar tanto o trabalho desenvolvido até o momento e ainda prejudicar a população em serviços e abastecimento”, finaliza Wilde.

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