VOLTA REDONDA
O comércio internacional da regional Sul Fluminense somou US$ 750 milhões nas exportações e US$ 1,2 bilhão nas importações no primeiro semestre de 2019, configurando queda, respectivamente, de 87% e 52%, com o mesmo período do ano passado. Com isso, a corrente de comércio (soma das exportações com importações) totalizou, aproximadamente, US$ 2 bilhões, com decréscimo de 76% frente ao primeiro semestre de 2018.
Os municípios que mais exportaram na região foram Resende (US$ 237 milhões) e Porto Real (US$ 206 milhões), superando Volta Redonda (US$ 187 milhões). Já os municípios que mais importaram foram Volta Redonda (US$ 444 milhões) e Resende (US$ 348 milhões).
A redução tanto nas importações quanto nas exportações são consequência da queda de 45%, em ambas, na compra e venda de automóveis de passageiros. Mesmo assim, foram os principais produtos para o comércio exterior da região, exportando US$ 258 milhões e importando US$ 118 milhões.
Ainda que automóveis de passageiros tenham representado 4% das exportações, o Sul Fluminense exportou produtos laminados planos de ferro ou aço (US$ 162 milhões) com aumento do valor e quantidade acima de 100% e pneumáticos novos (US$ 63 milhões). A relação das importações foi diversificada: mais de 30% refere-se a óleos minerais, produtos da sua destilação e matérias betuminosas, entre eles hulhas e coques, totalizando mais de US$ 361 milhões. Além disso, destacaram-se os incrementos de valor e quantidade referentes à veículos automóveis para transporte de mercadorias (US$ 134 milhões), sendo os produtos com maior valor agregado.
Para o presidente da Firjan Sul Fluminense, Antônio Vilela, o cenário no ano que vem deve ser outro, mas o estado de atenção prevalecerá. “Temos uma expectativa de crescimento para 2020, de uma retomada do setor automotivo, que é uma das alavancas do comércio internacional para a Região Sul Fluminense. Nossa preocupação segue com a Argentina, que é o nosso principal mercado de exportação. Eles têm previsão de PIB negativo para o ano que vem, uma crise no país vizinho abala os nossos resultados econômicos”, observa.
MERCADOS INTERNACIONAIS
Os maiores destinos das exportações da região Sul Fluminense foram Argentina (US$ 235 milhões), EUA (US$ 149 milhões), e México (US$ 35 milhões), superando a China em relação ao mesmo semestre do ano anterior. Apesar de serem os principais países, o Equador (US$ 14 milhões) obteve incremento nas compras da região, tanto em valor (200%) quanto peso (19%) e preço médio (152%), consequência das exportações de veículos automóveis para o transporte.
Em relação ao primeiro semestre do ano de 2018, houve incremento nas importações somente da Argentina (33%), Alemanha (91%) e Uruguai (125%). Mesmo assim, os principais países de origem das importações foram a China, com 15% de participação no total importado e EUA, com 10%.