RIO DE JANEIRO
Firjan publicou nesta sexta-feira, 20, a nota técnica “Avaliação dos impactos do novo coronavírus no mercado de petróleo e gás”, onde analisa a fotografia do momento atual da variação de demanda e da oferta no mercado de petróleo mundial e brasileiro frente ao Covid-19.
Conforme o estudo da gerência de Petróleo, Gás e Naval da federação, o principal impacto ocorrerá na redução da demanda de óleo em todo o planeta. Considerando apenas o segmento de transporte mundial, estima-se uma queda de 1,7 MMbpd na demanda mundial de petróleo. “Menor atividade econômica, significa menor demanda por produtos derivados do petróleo, como os combustíveis essenciais para o transporte de carga e de passageiros, ou como fonte para geração de energia, que suporta a atividade produtiva, ou como insumo para outros derivados”, afirma Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.
O documento alerta para a urgência de criar estratégias para manutenção da produção offshore no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, como turnos mais longo de trabalho e testes do coronavírus antes do embarque dos trabalhadores, a fim de evitar disseminação do vírus nas plataformas e embarcações de apoio marítimo, que poderiam culminar em paradas técnicas das unidades de produção.
Em relação à redução do preço do barril de petróleo, o estudo destaca que fica em risco pelo menos 30% da produção nacional de óleo (1 MMbpd). Parcela esta que não é advinda dos mega campos do pré-sal e, por isso, possuem menor produtividade e maiores custos de produção, valor um pouco menor ao volume médio exportado em 2019 (1,2 MMbpd).
A nota técnica ressalta também a importância de fortalecer o refino ao máximo com óleo nacional, como maneira de manter as atividades da refinaria nacional e reduzir a exposição da economia e empregos brasileiros frente ao mercado internacional.