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Firjan articula parceria público-privada para conservação e segurança do Arco Metropolitano

Por Carol Macedo
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ESTADO

Empresários da Firjan se reuniram nesta quinta-feira (28/1) com o governador em exercício, Cláudio Castro, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado André Ceciliano, para discutir melhorias de conservação e de segurança para o tráfego de passageiros e de cargas no Arco Metropolitano (BR-493), na Baixada Fluminense, artéria econômica que serve de acesso e ligação ao Porto de Itaguaí, aos distritos industriais de Campos Elíseos (Polo Petroquímico) e de Santa Cruz, e à base de submarinos da Ilha da Madeira (Marinha).

As autoridades assistiram à apresentação do Projeto Arco Seguro, idealizado pela Firjan, que prevê a construção de uma parceria público-privada para viabilizar o potencial logístico da rodovia, atualmente subutilizada em função da violência, de ocupações irregulares e de vandalismo, como a destruição dos postes de iluminação pública. A expectativa inicial era de fluxo diário de 30 mil veículos, mas atualmente é metade desse volume.

Grupo de trabalho capitaneado pela Firjan já identificou necessidades de infraestrutura mínimas, emergenciais e indispensáveis ao funcionamento pleno, eficiente, seguro e permanente do Arco (iluminação, assistência veicular, socorro a acidentes, entre outras). Para a execução destas ações, a ideia é criar um fundo com recursos públicos e privados para financiamento do projeto, que seria investido rapidamente em infraestruturas necessárias como por exemplo, câmeras de monitoramento e drones. Outro eixo importante do Arco Seguro é criar uma governança que permita o mapeamento constante de irregularidades e ações para mitigá-las.

Vice-presidente da Firjan e presidente do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança Pública da casa, Carlos Erane de Aguiar destacou que uma das metas do projeto é zerar os índices de roubo de cargas na via até dezembro. “Infelizmente o Arco hoje é conhecido como a Rodovia do Medo. E por ser a Rodovia do Medo, ela é subutilizada impedindo a retomada mais forte do crescimento do Rio de Janeiro. Nosso desafio é que o Arco Metropolitano seja conhecido como a rodovia mais segura do Brasil. Estamos propondo um projeto viável e bem planejado, que permitirá a expansão de diversas capacidades produtivas do Rio através da infraestrutura necessária para o escoamento das riquezas do estado e do Brasil”, defendeu o empresário.


Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, ressaltou que o Arco Metropolitano é fundamental para a economia fluminense e do país, na medida em que propicia a interligação entre três outras importantes rodovias federais brasileiras, diminuindo custos logísticos das empresas e, consequentemente, aumentando a competitividade do estado. “Trata-se da primeira grande agenda da Firjan em 2021. Esta proposta de parceria público-privada é um dos pilares do Programa de Retomada da Economia do Estado do Rio de Janeiro em bases competitivas, que visa contribuir para o resgate do desenvolvimento econômico e social no estado do Rio”, avaliou.

O governador em exercício, Cláudio Castro, afirmou crer que a união de esforços entre as instituições é que trará melhorias na segurança pública. “Quando assumi a vice-governadoria, chegamos a apresentar ao Ministério da Infraestrutura a proposta de reverter a federalização do Arco, trazendo novamente para a gestão estadual, já que, até então, a rodovia não era tratada como prioridade. Vias como o Arco Metropolitano, que são celeiros para diversos crimes, inclusive o roubo de cargas, continuam mal policiadas. Com as parcerias e a integração das forças policiais, temos a plena condição de transforma o Arco numa via segura”, diz.

Já o deputado estadual André Ceciliano, presidente da Alerj, acredita que união e planejamento de ações podem garantir o  desenvolvimento econômico fluminense.  “Eu acredito no Arco Metropolitano, que é uma importante ligação estratégica capaz de atrair investimentos em indústria e logística com geração de emprego e renda. A Alerj vai atuar como interlocutor com os prefeitos da Baixada Fluminense e com o Governo Federal para que este projeto saia do papel. Os erros do passado não inviabilizam o futuro. Temos projetos de segurança exitosos, como o Segurança Presente, e tenho certeza que o Arco Metropolitano também é viável, com a união dos esforços. Mesmo sendo uma rodovia federal, o estado e os municípios podem fazer muito nas questões do entorno do arco e dos acessos à rodovia”, declarou o parlamentar.
Em sua fala, Ceciliano também afirmou que apresentará um projeto de lei para colar as alíquotas do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado de São Paulo sobre máquinas e tratores. “Precisamos correr na frente. Quando conversei com a Firjan sobre o Arco Seguro, fiquei abismado com o fato de máquinas e tratores comprados no Estado do Rio saírem com a nota fiscal de São Paulo. Nesse sentido, no ano passado também aprovamos a Lei 9.025/20, colando as regras de ICMS do setor atacadista do Estado do Espírito Santo. A norma permitirá mais competitividade ao nosso estado, evitando que as empresas aqui instaladas invistam em outros estados”,  destacou .
Corredor logístico

O Arco liga os municípios de Itaboraí e Itaguaí, atravessando também Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica, na Baixada Fluminense, totalizando 145 quilômetros de extensão. O trecho de pouco mais de 70 quilômetros, entregue em 2014, vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí na BR-101 (Rio-Santos), cortando as rodovias BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e BR-116 (Via Dutra).

Antigo pleito da Firjan, a obra do primeiro trecho do Arco teve início em 2007. Na época de sua inauguração, a estimativa do governo do estado era tirar oito mil caminhões e 20 mil carros da Rodovia Presidente Dutra e da Avenida Brasil. O projeto original do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) remonta à década de 70, ainda com a denominação rodovia RJ-109.

 

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