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Feriados prolongados reduzem a produtividade e o lucro no comércio

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

Os trabalhadores adoram e os empresários nem tanto. O que parece um benefício para boa parte da população que descansa tendo dias extras de folga prejudica a renda do comércio. Os feriados atrelados a emendas com os dias do fim de semana são típicos do calendário brasileiro, recheado de dias santos e ou alusivos à história cultural e política do país.

O fim de semana atual é prolongado para a grande maioria dos trabalhadores, pois emendaram o Dia de Finados nesta sexta-feira, 2, até o domingo, dia 4. E em pouco mais de uma semana novo feriadão pode ocorrer entre os dias 15 e 20, com os feriados nacional da Proclamação da República e o estadual da Consciência Negra, respectivamente.

A solução deve ser o acordo entre empresas e sindicato, respaldando aqueles que trabalham em dias de feriados. O acordo de trabalho com o sindicato dos empregados do setor permite ao proprietário abrir suas portas durante alguns feriados, como o estadual. Para isso, deve cumprir o pagamento de hora extra ou combinar folga posterior. “É um gasto inviável para muitos comerciantes. Assim, fechar durante todos os dias de feriado prolongado viram uma alternativa até porque o fluxo de consumidores cai devido às viagens. Sou comerciante e quero lucro, por outro lado preciso entender o trabalhador. Por isso, quando há feriados prolongados o mês rentável cai bastante”, comenta o empresário Ricardo Sampaio de Porto Real.


Na região, durante os feriados o comércio de rua basicamente não abre e o consumidor migra para os centros comerciais como os shoppings. Com regras distintas por explorar justamente os finais de semana e feriados prolongados, quem opta pelo serviço em estabelecimentos nestes locais já tem ciência da obrigação da função. “Tive loja no Retiro e agora, no shopping o ritmo é outro. Os trabalhadores nem reclamam, sabem da escala de sábado, domingo e principalmente ferido. Neste mês de novembro pretendo ter lucro, ainda que ocorram dois feriadões. Aqui, o ritmo é outro e o consumidor já acostumou”, conta a empresária Patrícia Suelen.

A comparação da empresária volta-redondense é pertinente, pois quem fecha nos feriados prolongados costuma registrar perdas no fim do mês em torno de até 15% nas vendas. “É tudo muito favorável para manter as portas fechadas, infelizmente. O brasileiro está habituado com fim de semana estendido e ficamos de mãos atadas. O comércio sofre pela falta de mão de obra interessada e freguês circulando”, frisa Camila Bento, de Resende.

TURISMO

E os feriados apesar de gerar queda na produtividade e nas vendas para a grande maioria, é muito bem-vindo para lojas que apostam no segmento do turismo. É caso regionalmente de estabelecimentos na Colônia Finlandesa em Penedo e da região de Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. “Penedo sempre tem gente circulando nos feriados e isso movimenta o comércio da Avenida das Mangueiras. Tenho uma sogra com lojinha em Maringá, e lá também é grande o fluxo aos sábados e domingos. Feriado para nós é lucro”, argumenta Roseli Fraga.

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