Família de mulher morta a facadas em Barra Mansa faz desabafo após prisão de acusado

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BARRA MANSA

Após a prisão de Fernando Muniz da Silva, conhecido como ‘Paulista’, acusado de ter matado em julho do ano passado a companheira, a família de Viviane Ribeiro de Souza, morta aos 46 anos, desabafou nas redes sociais sobre o crime. Ele matou a mulher com mais de 40 facadas na casa dos dois, no bairro Vila Orlandélia. Na segunda-feira, dia 25, foi preso pela Polícia Civil, por meio de investigação da 90ª Delegacia de Polícia (DP) de Barra Mansa. Ele estava vivendo em São Paulo.

A prisão do acusado, que já tinha mandado de prisão expedido desde agosto, foi fruto do trabalho investigativo da polícia civil do RJ e com apoio operacional do Grupo de Operações Especiais (GOE-SP). Fernando foi preso nas redondezas do bairro Brás, em um albergue para moradores de rua. Tinha documentos que não eram dele.

Priscila Ribeiro de Souza, irmã de Viviane, falou sobre a mistura de sentimentos.  “Explodi em choro quando soube da prisão, aquele choro que tava entalado desde o dia que vi minha irmã naquele estado e eu não pude fazer nada. Mas agora foi feito. A vida da Vivi não é uma vida sem importância que alguém difamou, castigou e tirou do convívio de quem a amava, sem nenhum motivo. A vida dela foi valorosa para nós e é por isso que vencemos essa primeira batalha”, comentou Priscila, lembrando que a segunda, é lutar para que o Fernando siga preso aguardando o julgamento.

“Infelizmente eu preciso compartilhar essa história. Essa moça da foto é minha irmã Viviane, 46 anos, duas filhas e dois netos. A Vivi foi assassinada cruelmente pelo companheiro dela e eles vivam juntos há nove anos”, explicou Pricila, dizendo que sua irmã foi espancada por ele, de mais ou menos 23h45min do dia 10 de julho até às 4 horas do 11, “quando ele, enfim, resolveu acabar com o sofrimento dela e iniciou a carnificina. Foram umas 20 facadas no abdômen, que causaram hemorragia interna e cortes profundos nos seus pulsos e tornozelos, que causaram uma anemia aguda, que a levou a óbito as 4h45min. Ele terminou o serviço, foi tomar um banho,  para tirar a sujeira do corpo, roubou todo o dinheiro, documentos, celular dela, trancou a casa e fugiu”, narrou Priscila.

Ela conta que, depois, Fernando abandonou os pertences de Viviane em um posto de combustível no distrito de Floriano, em Barra Mansa. “A história da Vivi e do Fernando sempre foi de luta, por parte dela. Por nove anos acompanhamos de perto ela lutando para livrá-lo do vício das drogas. Foram várias internações, várias tentativas de empregá-lo e resgatar a dignidade perdida pelo vício”, disse a irmã de Viviane, contando que a família sempre sofria por ela, pela luta dela.

“Pedíamos para ela deixar ele e ir viver a vida dela, mas minha irmã amava esse homem, mais que a ela, não podemos julgar. Ela não desistiu dele, ela morreu lutando por ele. Esse post também é um alerta. Há várias mulheres vivendo a mesma situação e acabam como a Vivi. Não deixem acontecer gente, é muito sofrimento. Em nome da minha família destruída, eu peço justiça!”, finalizou Priscila.

 

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