Falta de professores no Colégio Barão de Aiuruoca revolta pais

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BARRA MANSA

Pais de alunos que estudam no Colégio Estadual Barão de Aiuruoca, em Barra Mansa, procuraram o A VOZ DA CIDADE para denunciar a falta de professores na unidade escolar. Segundo as reclamações, isso além prejudicar a formação dos alunos, faz com que os estudantes fiquem à toa dentro da escola durante as aulas vagas. Ainda de acordo com os relatos dos pais, foi informado pela unidade que a situação se normalizaria, porém as aulas se iniciaram no dia 6 deste mês e até então os docentes estão em falta.

Segundo Fabiana Rezende do Nascimento, mãe de uma menina de 11 anos e que está no 6º ano, a filha vai e volta de van. “Bem antes de acabar o horário da escola, minha filha já não tem aula e tem que ficar horas esperando o horário da saída para ela poder vir embora”, disse, denunciando que a filha tem as aulas completas somente em um dia da semana, pois não tem professores de História, Resoluções de Problemas Matemáticos (RPM) e Matemática.

Outra mãe que expressou indignação com a falta de professores foi a Eliane de Souza Oliveira. Ela conta que seus três filhos, que estudam na unidade, estão sem professor. “Minha filha mais nova, de 12 anos, está no 7º ano e está sem professor de História. O do meio, de 14 anos, está no 9º ano e sem professor de RPM, e, a minha mais velha, de 16 anos, está no 1º ano do Ensino Médio e não tem professor de Geografia”, contou, afirmando que os filhos são prejudicados e terão matérias acumuladas.

O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), que informou que já está disponibilizando docentes para o Colégio Estadual Barão de Aiuruoca. “A previsão é que na próxima semana os quadros estejam completos. Todos os conteúdos perdidos serão repostos”, disse, destacando que está sendo realizada a alocação de professores e elaborado o quadro de horários. “Após essas ações, terá um real e atualizado cenário do número de docentes da rede estadual de ensino e a carência”, explicou.

O órgão ainda disse que uma das ações anunciadas para diminuir o déficit é a liberação das GLPs (Gratificações por Lotação Prioritária) aos professores que têm carga horária disponível para suprir eventuais carências.

No entanto, Eliane denunciou que todos os três filhos iniciaram os estudos no Barão de Aiuruoca no 5º ano do Ensino Fundamental, e todos os anos o déficit de professores se repetiu. “O incrível é que todos os anos é a mesma coisa, isso prejudica demais o aprendizado. E as crianças ficam à toa durante os horários vagos”, lamentou.

O pai da estudante do 7º ano, de 13 anos, Samuel de Paula, afirmou que a falta de professores é um total descaso e desinteresse com as crianças. “Existe uma falta enorme na educação do país, principalmente nesse estado falido. Junto com a reposição das aulas deveria vir também uma explicação do porque desse problema para podermos nos antecipar e não deixar que isso ocorra novamente”, desabafou.

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