FAB suspende buscas aéreas envolvendo a aeronave que caiu entre Ubatuba e Paraty

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PARATY

A Força Aérea Brasileira (FAB) suspendeu, no final da tarde de sábado, dia 4, as buscas aéreas envolvendo a aeronave de prefixo PP-WRS após dez dias de operação. Nesta segunda-feira, dia 5, em nota enviada ao A VOZ DA CIDADE, a FAB explicou que neste período foram realizadas buscas na área referente ao provável local da queda, considerando-se as possibilidades de deslocamento em mar aberto. A Marinha do Brasil segue para a segunda fase da operação de resgate, que também será mantida pela equipe do Corpo de Bombeiros, que permanecerá com as buscas.

“A FAB se solidariza com as famílias dos ocupantes da aeronave acidentada e ressalta que a operação de Busca e Salvamento pela Aeronáutica poderá ser reativada se justificada por meio do surgimento de novos indícios sobre a aeronave ou seus ocupantes”, disse a nota, completando que, com um esforço total de 74 horas de voo, as aeronaves realizaram as buscas em uma área total de 14.816 km², o equivalente a cerca de 9,7 vezes a área da cidade de São Paulo.

“As buscas aéreas pela FAB seguiram padrões internacionais e foram coordenadas pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento de Curitiba (Salvaero), unidade operacional do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II)”, comentou, explicando que foram empregadas as aeronaves C-130 Hércules do Esquadrão Gordo (1º/1º GT), helicóptero H-36 Caracal do Esquadrão Puma (3º/8º GAV) e H-60 Black Hawk do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV).

A nota disse ainda que o C-130 Hércules foi utilizado a partir do dia 02/12 para ampliar a área de buscas devido à projeção dos cálculos de deriva, além de considerar o esgotamento dos padrões das buscas realizadas pelos helicópteros na área inicialmente designada. “Durante os dez dias da operação, também foram verificadas a extensão ao longo do litoral e ilhas próximas ao provável local da queda da aeronave. As ações foram realizadas, por vezes, com condições meteorológicas que, embora instáveis, não comprometeram as missões na parte aérea”, finalizou.

Já a Marinha disse, também em nota, que as operações no mar seguem para uma segunda fase, chamada Colaboração/Oportunidade. Nela, são emitidos avisos para os rádios para todas as embarcações e aeronaves que trafegam ou sobrevoam a região. Em caso de contato, uma equipe vai até o local verificar.

O CASO

No  24 de novembro, um bimotor com três pessoas a bordo caiu no mar de Paraty na divisa com Ubatuba, São Paulo. Até o momento um corpo foi encontrado, o do piloto Gustavo Carneiro. O copiloto José Porfírio de Brito Júnior, 20 anos, e o empresário Sérgio Dias, 45, não foram encontrados. Na madrugada de sábado, dia 4, mais de 175 militares da Marinha do Brasil estiveram no local para ajudar nas buscas, mas nada foi encontrado.

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