VOLTA REDONDA
A exposição de imagens e documentos judiciais “Pandemias e Epidemias no Rio de Janeiro” está em cartaz na Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. A mostra, uma proposta da diretoria geral de Gestão e de Difusão do Conhecimento (DGCOM), apresenta as grandes epidemias que recaíram sobre a cidade do Rio de Janeiro – Febre Amarela, Varíola, Gripe Espanhola e Covid-19 – e seus principais personagens. Os painéis propõem uma reflexão sobre o papel dos agentes públicos, da sociedade e do Poder Judiciário no enfrentamento destes males.
O visitante encontra imagens, notícias, canções – músicas originais criadas entre 1904 a 1907 com títulos “Febre Amarela”, “Ratos, Ratos” e “Vacina Obrigatória” – e processos judiciais que conduzem a épocas passadas e ajudam a compreender o atual momento em que a humanidade luta contra a pandemia da Covid-19. A mostra tem uma narrativa elaborada a partir de processos selecionados pela equipe da Divisão de Gestão de Documentos do Departamento de Gestão de Acervos Arquivísticos (DEGEA) e pelo Museu da Justiça do Rio.
A abertura da exposição aconteceu na tarde desta quinta-feira, 17, e contou com a presença do prefeito Antônio Francisco Neto; do secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza; do presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira; dos juízes auxiliares Rafael Estrela e Pedro Antônio; e da presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, juíza Eunice Haddad. Também prestigiaram a cerimônia diversos secretários municipais e presidentes de autarquias do município.
A cerimônia contou ainda com a participação do grupo de violinos do Projeto Volta Redonda Cidade da Música formado por alunos da Escola Municipal Jesus Menino, coordenado pela professora Verônica Netto. No repertório sucessos da MPB como “Asa Branca”, Luiz Gonzaga; e “Como é grande o meu amor por você”, de Roberto Carlos.
O secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza, afirmou que é muito gratificante para Volta Redonda receber a exposição após temporada de sucesso no Museu da Justiça no Rio. “Em menos de um ano à frente da secretaria, transformamos a Biblioteca Municipal num Centro Cultural exatamente com o objetivo de receber mostras como esta e ampliar os atrativos para o nosso público, que hoje atinge duas mil pessoas por mês”, falou, agradecendo ao prefeito Neto a quem chamou de “grande parceiro nas ideias criativas”.
Anderson lembrou ainda que a exposição, uma parceria entre os poderes Judiciário e Executivo, é especialmente interessante para os jovens estudantes. “Por meio de visitas guiadas, eles têm acesso às imagens e textos expostos e a interatividade é garantida por meio de Códigos QR, que disponibilizam acessos a vídeos contando essa história”, falou o secretário.
O assessor da prefeitura, ex-deputado federal, Deley de Oliveira, parabenizou a iniciativa da equipe do Tribunal de Justiça do Rio que idealizou a exposição. “É um tema muito oportuno pelo momento de pandemia que estamos passando atualmente. E é olhando para o passado que nos preparamos para o futuro”, disse.
O prefeito Neto agradeceu a oportunidade e a escolha de Volta Redonda para sediar a exposição. “O que vemos aqui é uma aula de história dos últimos cem anos no Rio de Janeiro. Quero ver os estudantes da rede pública circulando pelos painéis e aprendendo de forma diferente, num espaço confortável e acolhedor”, afirmou Neto.
O prefeito homenageou o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, com placa de agradecimento por sempre ser receptivo e atencioso ao analisar questões de interesse do município de Volta Redonda. Neto também entregou uma camiseta do Volta Redonda Futebol Clube – Voltaço ao presidente, aos juízes auxiliares e ao diretor de Comunicação do Tribunal de Justiça do Rio, José Carlos Tedesco.
Desembargador anuncia ação social para menores infratores em VR
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, se emocionou com a homenagem e reafirmou que “a exposição ‘Pandemias e Epidemias’ serve como lição para entendermos as crises sanitárias do passado, jogarmos para o presente e protegermos a sociedade no futuro”, falou.
Além disso, o desembargador anunciou a implantação de um programa social de atendimento ao menor infrator e sua família em Volta Redonda, inclusive, oferecendo qualificação profissional. “Não queremos que o Tribunal de Justiça seja conhecido apenas por ser uma instituição que julga processos. Queremos cuidar das pessoas, investindo em ações sociais”, concluiu.