Expo VR reforça compromisso com inclusão e acessibilidade e promete deixar um legado na região Sul Fluminense

A feira conta com rampas de acesso, intérpretes de libras, sinalização tátil, banheiros adaptados, espaços exclusivos para PCDs durante os shows e palestras, além de apoio operacional dedicado ao acolhimento de visitantes com mobilidade reduzida

Por Roze Martins
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VOLTA REDONDA

Seja para além da participação enquanto público, atuando nas funções de trabalho e até mesmo no palco, se apresentando nas tendas culturais, o fato é que  a grande presença de Pessoas com Deficiência (PCDs) na Expo VR reforçou o compromisso da organização do evento em dar protagonismo à acessibilidade e inclusão.  A feira, que segue até este domingo, dia 3, na Ilha São João, em Volta Redonda, promete deixar um legado de evento mais acessível já realizado no Sul Fluminense.

A Expo VR conta com rampas de acesso, sinalização tátil, banheiros adaptados, espaços exclusivos para PCDs durante os shows e palestras, além de apoio operacional dedicado ao acolhimento de visitantes com mobilidade reduzida.

“Nosso objetivo é proporcionar uma experiência completa para todas as pessoas. Não estamos apenas cumprindo normas, estamos construindo soluções com base no diálogo, na escuta ativa e na empatia. Será a primeira vez na região que um evento terá esse nível de cuidado e comprometimento com a inclusão”, afirmou Renata Pançardes, coordenadora de Negócios da Expo VR.

Acompanhando de perto, todos os detalhes do evento, a subsecretária da Pessoa com Deficiência, Eliete Guimaraes Vasques, que é professora de libras há 22 anos, explicou que na pasta existe um grupo de intérpretes e que, por meio do projeto chamado Diploma Cidadão, uma turma de 25 alunos, composta só por surdos, irá se formar no próximo dia 15.

“Devido a essa turma, foram contratados intérpretes e profissionais bilíngues para esse evento, para poder passar essa sensibilidade para eles, Isso não era comum, nunca teve. Essa oportunidade deles, de comunicação e informação é a primeira vez e eles estão felizes demais em participar e saber que nas palestras, nos estandes e em todos os lugares eles têm a oportunidade de se comunicar e serem vistos, já que nesse tempo todo eles ficavam invisíveis”, destacou a subsecretária.

De acordo com Eliete, com esse pontapé inicial na Expo VR, a expectativa é que outros eventos também mudem seus conceitos em relação à acessibilidade.

“Acho que a partir de agora as pessoas estão de olho e observando. Quando a Renata Pançardes pensou nessa sensibilidade, ela queria fazer uma coisa muito maior, mas ela conseguiu pelo menos dar o start. Para a para a comunidade surda, está sendo muito positivo”, reforça.

Na tarde de sexta-feira, dia 1º, a deficiente auditiva, Juliane Brizola, de 48 anos, marcou presença na palestra da influencer Karol Babadeira e elogiou a estrutura montada na Expo VR para os PCDs e se disse muito feliz pela acessibilidade porque, segundo ela, é uma coisa que esse público vem lutando há algum tempo.

“É a primeira vez. A Expo nunca teve e está sendo o ano transformador, está extremamente acessível para a gente, para obter informação. Eu vim para obter o conhecimento que eu puder ter aqui hoje, em tudo”, disse,

Também deficiente auditiva, Cláudia Valente, de 41 anos,  ressaltou que participar da Expo VR foi muito importante porque ela sempre teve muita curiosidade em buscar as informações e conseguiu no evento.

“Eu, que sou surda, preciso conhecer tudo isso que está acontecendo. Então foi muito importante essa Expo.  Espero que seja constância a partir de agora dos eventos porque eu quero buscar, eu quero realmente aprender muito”, afirmou.

Segundo Renata Pançardes, alguns depoimentos de PCDs, ao longo do evento, tem feito com que se emocione com o retorno positivo em relação à acessibilidade. Ela, que é mãe de uma jovem portadora de doença rara, que por determinado momento precisou de cadeiras de rodas para se locomover, conta que pôde sentir na pele as dificuldades encontradas por Pessoas com Deficiência.

‘Está sendo muito gratificante porque nós vivemos isso no passado. Não todas as deficiências,  mas eu pude acompanhar minha filha tendo uma vida adaptada. Então a gente quis trazer sempre esse olhar, cuidando de quem cuida, porque as pessoas ficam esgotadas em grandes eventos como esses, Eu pude viver a locomoção e a logística da cadeira, como que é. E isso trouxe esse olhar pra gente. E a pessoa tem que ter direitos, ela tem que se sentir acolhida, ela tem que se sentir pertencente e é muito bom a gente poder proporcionar isso”, finalizou

 

 

 

 

 

 

 

 

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