PIRAÍ/RIO
Após um mês solto, o ex-governador Luiz Fernando Pezão, presta depoimento nesta terça-feira na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Ele é investigado na Operação Boca de Lobo, desdobramento da Lava-Jato.
A decisão de soltura aconteceu pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no mês de dezembro. Ele tinha sido preso em novembro de 2018, acusado de ter recebido R$ 40 milhões em propina, aprimorando e integrando o esquema de corrupção criado pelo ex-governador Sérgio Cabral.
O delator da operação, Carlos Miranda, apontado como operador de Cabral, disse que Pezão, que é de Piraí, onde já foi prefeito, recebia mesada de R$ 150 mil, além de 13º salário de propina, além de dois bônus de R$ 1 milhão. Quando teria virado governador, Pezão teria passado a cobrar 8% de propina sobre os contratos firmados com o governo. Antes eram cobrados até 5% dos valores dos fornecedores.
O ex-governador está impedido pelo STJ de deixar o Rio de Janeiro ou de exercer cargo público. Ele também precisa usar tornozeleira eletrônica.
Pezão nega as denúncias feitas por Cabral.