Sem dinheiro, sem emprego e passando por dificuldades. É assim que estão vários ex-funcionários do antigo Hospital Vita. Ontem pela manhã, os trabalhadores estiveram na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no bairro Aterrado, onde aconteceu audiência com a participação de representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos em Serviços de Saúde do Sul Fluminense.
O Sindicato solicita da Justiça baixa na Carteira de Trabalho dos ex-funcionários do Vita, além de liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro desemprego, bloqueio de valores para garantia dos créditos trabalhistas e verbas rescisórias. Segundo os trabalhadores, passados quase três meses que foram demitidos, até agora não conseguiram a liberação de nenhum direito.
De acordo com os trabalhadores, na audiência de ontem foi solicitado pelo Sindicato e Ministério Público do Trabalho (MPT) que os bloqueios sejam decididos logo para a garantia dos créditos trabalhistas, liberação de alvarás FGTS e Seguro Desemprego. Nova audiência foi remarcada para o dia 5 de novembro. Enquanto isso, os trabalhadores aguardam.
Cerca de 150 trabalhadores participaram da audiência de ontem, sendo que muitos deles estão em desespero por estarem desempregados sem qualquer sustento. “Estamos aguardando a decisão da Justiça quanto às liberações do FGTS e Seguro desemprego. Notório o desespero do trabalhador que gerou expectativa de pelo menos receber o FGTS e o Seguro desemprego, porém ainda nada foi decidido. Continuamos a luta o trabalhador a parte mais frágil não pode ter seus direitos prejudicados, nem continuar com a sua subsistência comprometida já não recebeu qualquer valor até o momento”, reclamou um dos ex-funcionários que não quis divulgar o nome.
A diretoria do Sindicato participou da audiência visando liberação da documentação e direitos trabalhistas dos funcionários demitidos do Vita que há quase três meses estão sem nenhum ganho.
A luta dos trabalhadores já vem se arrastando há alguns meses. No início do mês de agosto, os trabalhadores participaram de uma manifestação em frente ao antigo Hospital Vita, no bairro Santa Cecília; hoje Hospital das Clínicas. O manifesto na ocasião teve o mesmo objetivo, ou seja, cobrar os direitos trabalhistas que os ex-funcionários não receberam do Grupo Vita, que deixou a direção da unidade no final do mês de junho por determinação da Justiça. Na ocasião, o juiz da 4ª Vara Cível de Volta Redonda, Roberto Henrique dos Reis, determinou o despejo do Hospital, por falta de pagamento de aluguel por parte do Grupo Vita à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que é proprietária do imóvel.
Vale lembrar que o Centro Médico foi nomeado para assumir o hospital como depositário de todos os bens e insumos existentes na unidade. Foi definido ainda que a Prefeitura de Volta Redonda assumiria os atendimentos prestados para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
