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Morre suspeito de feminicídio no bairro Bulhões, em Porto Real

Por Cyntia Freitas
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PORTO REAL

O Grupo de Investigações Criminais (GIC) da 100ª Delegacia Legal de Polícia Civil confirmou, no início da noite de sexta-feira, a morte de Robert de Oliveira Brasileiro, 32 anos. Ele atirou contra sua própria cabeça após ter matado, com três tiros, um no peito e dois na cabeça, a ex-mulher, Érica Fernanda de Oliveira, 20 anos, no final da manhã, no bairro Bulhões. Robert foi socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real e transferido, em estado grave, para o Hospital Municipal de Emergência Henrique Sérgio Gregori, em Resende, mas não resistiu aos ferimentos. O crime, que foi registrado na Delegacia como feminicídio seguido de suicídio, chocou os moradores da localidade, uma vez que a vítima foi morta no meio da Rua Lauro Müller Bueno, nas proximidades da casa de seu ex-companheiro, com quem tem um filho de dois anos. Este foi o segundo caso de feminicídio registrado em Porto Real este ano. De acordo com informações de policiais militares do 37º BPM, após atirar contra a ex-companheira de quem estaria separado há cerca de dois meses, Robert correu para sua residência, onde teria se escondido. “Encontramos o corpo da vítima já sem vida. Cercamos a residência do suspeito e iniciamos um diálogo. De repente, ouvimos um disparo de tiro e entramos no imóvel. Encontramos o suspeito sentado na cama, com um ferimento na cabeça. E ele ainda estava vivo, com uma arma na mão”, contaram os policiais que socorreram o suspeito. Um revólver calibre 32 com seis munições, cinco deflagradas e uma intacta, foi recolhido no local do crime.

Revólver calibre 32 teria sido usado no crime-Divulgação

Familiares de Érica Fernanda e de Robert prestaram esclarecimentos na Delegacia. Familiares de Érica, que morava no Centro de Porto Real com os pais, contaram que ela teria ido até a casa do ex-companheiro para cobrar pensão alimentícia do filho. “Depois de ter atirado contra Érica, Robert pegou o telefone e ligou para o pai da vítima dizendo que teria matado a filha dele”, contou um policial civil, informando que o caso foi registrado como feminicídio seguido de suicídio.

CRIME CHOCOU MORADORES


A morte de Érica Fernanda chocou os moradores do bairro Bulhões. “Foi uma coisa horrível. A moça saiu correndo e, antes de dar os tiros, familiares do acusado ainda saíram gritando pedindo para ele não matar a ex-mulher. Foi tudo muito chocante, parecia cena de filme”, contou um morador que pediu para não se identificar.

“Depois de atirar, ele saiu correndo para sua casa. Depois só vimos os familiares desesperados e ele sendo retirado da casa com ferimento na cabeça”, disse outra moradora.

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SEGUNDO CASO DE FEMINICÍDO

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Este foi o segundo caso de feminicídio registrado em Porto Real este ano. No final de maio, Daiana Gonçalves de Lima, de 29 anos, foi morta no bairro Freitas Soares pelo ex-companheiro, Rodrigo da Silva, vulgo Diguinho, também de 29 anos. Ele, que foi encontrado, em junho, pela Polícia Civil de Barra Mansa, em uma casa no bairro Vila Coringa. A Polícia Civil, coordenada pelo delegado titular da 90ª Delegacia de Polícia, Ronaldo Aparecido de brito, chegou ao suspeito após denúncia anônima.

O crime aconteceu na residência da vítima, situada na Rua 14, no bairro Freitas Soares, em Porto Real.  Segundo relato dos policiais militares do 37º Batalhão da Polícia Militar, que fizeram a ocorrência, ao chegarem ao local, o corpo de Daiana já sem vida estava nu e apresentando vários cortes, que após pericia constatou ter sido provocado por uma garrafa de cerveja.

Na 100ª DP de Porto Real, uma irmã da vítima, relatou ao delegado Marcelo Haddad, que Daiana mantinha relacionamento com duas pessoas ao mesmo tempo e que Rodrigo não aceitava a situação. Relatou ainda que, o suspeito já havia tentado matar a sua irmã por enforcamento, sem sucesso. De acordo com relato da PM, Diguinho foi até a casa de Daiana e a flagrou na cama com o outro namorado, identificado como Francisco, vulgo Quinho. “Diguinho, então, começou a golpear a vítima com a garrafa de cerveja, enquanto Quinho evadiu-se do local”, disse um policial militar que atendeu a ocorrência.

 

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