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Europa aposta em novo plano para descarbonizar a mobilidade

Por Franciele Aleixo
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NOVA IORQUE

Nações europeias contam com um novo plano para impulsionar a mobilidade sustentável e de baixo carbono: a Estratégia do Comitê dos Transportes Terrestres para a Redução das Emissões de Gases com Efeito de Estufa derivadas do setor.

Para a Comissão Econômica da ONU para a Europa, Unece, a adoção do instrumento legal é um passo decisivo nesse sentido. O plano destaca prioridade para o reforço de políticas, legislação e medidas de descarbonização, incluindo sua monitorização.

Comportamentos de condução otimizados 

Outras metas envolvem promover o uso mais eficiente da energia e de comportamentos de condução otimizados, bem como dos sistemas de transporte inteligentes e digitalização.

Nova estratégia visa mudar a abordagem global do setor e definir um rumo de médio e longo prazo rumo à neutralidade carbônica

Estima-se que o setor de transportes seja responsável por 23% das emissões anuais globais, dos quais 72% através de meios de transporte rodoviário. São 69% para o rodoviário, 2% para o transporte fluvial e 1% para o ferroviário.

Até 2050, a procura pelo transporte de passageiros deverá subir 79% e de mercadorias em até 100%. O setor tido como grande contribuinte para as emissões carece de “ação climática rápida e ambiciosa”.

Para a Unece, a nova estratégia visa mudar a abordagem global do setor e definir um rumo de médio e longo prazo rumo à neutralidade carbônica até 2050, tendo como fundamento os 61 instrumentos jurídicos da ONU.

Eletrificação e priorização dos transportes públicos

De acordo com a secretária executiva da Unece, Tatiana Molcean, a descarbonização do setor dos transportes está atrasada em relação a muitos outros. Com a nova estratégia, os países devem acelerar o cumprimento de uma parte significativa dos seus compromissos climáticos no âmbito do Acordo de Paris, no que “a adoção marca, portanto, um marco crucial na ação climática”.


Ela defende que a descarbonização da mobilidade exigirá uma mudança para a eletrificação e a priorização dos transportes públicos e das opções de mobilidade ativa, mas também alterações sociais significativas.

Segundo sublinhou, “cada país terá de adoptar os incentivos fiscais relevantes e os mecanismos políticos necessários para que a sua população abrace esta transição.”

Entre as medidas urgentes da Unece em apoio a países envolvidos nos instrumentos jurídicos da ONU estão alcançar o objetivo de zero emissões líquidas de gases de efeito estufa provenientes do transporte terrestre até 2050.

Mobilidade por bicicleta e a pé

A estratégia adotada na sexta-feira dá prioridade ao transporte público de passageiros em combinação com a mobilidade por bicicleta e a pé.

As novas abordagens para tornar o setor dos transportes terrestres mais eficientes cobrem ainda soluções para movimentar mercadorias em centros urbanos, melhora dos veículos, infraestruturas e operações, incluindo as de passagem de fronteiras.

Para a Unece, a estratégia adotada deve incentivar o diálogo político intergovernamental e uma maior coordenação e parceria entre todos os governos e partes interessadas.

Outra meta é promover uma mudança célere do uso de veículos movidos a combustíveis fósseis ao de carros com emissões zero e à eficiência das redes de transporte, circulação de pessoas e mercadorias.

* Silas Avila Junior – Editor internacional

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