RIO DE JANEIRO
O setor da construção civil deve ganhar mais investimentos do governo do estado. Na quarta-feira, dia 7, o governador em exercício, Cláudio Castro, teve reunião com empresários do setor, no Palácio Guanabara, no Rio. Na ocasião foi assinada uma carta de compromisso pela retomada do crescimento do setor no Estado do Rio de Janeiro.
O objetivo é atuar em parceria com o segmento e identificar as dificuldades existentes, assim como dar celeridade aos trâmites processuais. Atualmente, o mercado busca fôlego com foco na recuperação da cadeia produtiva e no retorno da geração de empregos. “O desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro passa diretamente pela construção civil. Por isso, acredito também que a retomada da economia fluminense inclui o setor, que é um dos que mais contrata. Portanto, quando não ocorre isto, o movimento de queda acaba sendo em cascata. Existe, ainda, o inverso: quando há a volta dos empregos, ajuda bastante na retomada econômica. É nisso que estamos focados neste momento”, disse Cláudio Castro.
Na carta, dez itens foram listados como prioridades para o setor. Entre eles, a retomada de obras públicas no âmbito estadual, a análise e o deferimento mais rápido das concessões de licença ambiental, a modernização da legislação, a adoção de materiais menos agressivos ao meio ambiente e a abertura de novos postos de emprego.
Castro ressaltou que este movimento de aproximação deverá ser repetido com outros setores importantes da economia fluminense. “Esta proposta de encontros terá continuidade com as grandes categorias para que possamos entender e saber o que o Estado pode fazer no sentido de obter aumento na capacidade produtiva, desburocratização dos processos e ampliação na oferta de empregos. Estamos em um estágio permanente de diálogo com os segmentos de óleo e gás, comércio e atacadista. Em breve, faremos um encontro semelhante com o setor de turismo, que também teve prejuízo grande este ano”, explicou o governador em exercício.
CANTEIROS EM FUNCIONAMENTO
De acordo com o levantamento realizado pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), durante a pandemia foi possível manter cerca de 85% dos canteiros de obras em funcionamento e os respectivos postos de trabalho. Para Cláudio Hermolin, presidente da entidade, isso ajudou a evitar deterioração maior do quadro social. “Consideramos nossa atividade de grande impacto social porque temos capacidade de empregar pessoas em várias etapas da produção. Juntos, os mercados de construção civil e imobiliário serão as locomotivas para a retomada da economia do Rio de Janeiro”, afirma.
Já o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), João Fernandes, também destacou a importância do trabalho conjunto e de apoio entre o Governo do Estado e a iniciativa privada. “Vemos necessidade de alinhamento entre os órgãos governamentais, importante para o setor da construção civil. Temos problemas de origem burocrática em todas as esferas. É preciso ter diálogo construtivo para que não haja tantos entraves e aumento nos custos das obras”, concluiu João Fernandes.
Participaram no encontro, além dos representantes dos setores da construção civil e do mercado imobiliário, os secretários de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione; de Planejamento e Gestão, José Luís Zamith; de Fazenda, Guilherme Mercês; de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo; de Polícia Civil, Allan Turnowski; e de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro; e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Diane Rangel.