Estado do Rio bateu recorde de volume de exportações no primeiro semestre

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RIO DE JANEIRO

No primeiro semestre de 2017, o estado do Rio aumentou em 56% suas vendas externas, registrando saldo comercial positivo, diante de US$ 11 bilhões em exportações e US$ 5,6 bilhões em importações. O superávit ocorreu pelo aumento de 138% na receita das vendas de produtos básicos, sobretudo por conta da indústria de petróleo, que atingiram maior valor desde 2012. Os dados são do Boletim Rio Exporta, produzido pelo Sistema FIRJAN.

Segundo Thiago Pacheco, assistente de Comércio Exterior da FIRJAN Internacional, esse resultado dos produtos básicos é reflexo da retomada do preço do barril de petróleo, aliado dos recentes recordes em barris exportados.

“Com relação às vendas de industrializados, apesar do recuo total de 12% devido à exportação de plataformas ter diminuído no 1º semestre deste ano, a maioria das indústrias teve incremento, levando aos avanços tanto em preço (44%) quanto em volume (8%) das exportações do Rio”, explicou Pacheco.

Assim, o estado do Rio bateu recorde de quantidade exportada. “Importantes setores seguiram essa tendência, como as indústrias de petróleo, veículos automotores, farmoquímicos, bebidas e móveis”, analisou o assistente.

Em termos de parceiros comerciais, o Rio aumentou suas vendas de petróleo para China (158%), EUA (126%) e Índia (123%). Em relação aos produtos exceto petróleo, as exportações cresceram para os países latino-americanos da Aladi, como Chile, Colômbia e para o Mercosul, sobretudo pelo avanço nas vendas do setor automotivo.

Desse modo, Pacheco sinaliza que a Aladi se tornou o maior bloco parceiro de exportações exceto petróleo no semestre, pois foi destino de US$ 1,1 bilhão das vendas externas fluminenses.

Fabrício Biondo, vice-presidente de Comunicação, Relações Externas e Digital do Grupo PSA América Latina, destaca o bom desempenho das exportações da companhia, que fechou o primeiro semestre com aumento de 59% na venda de veículos, em comparação ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, a produção de automóveis aumentou em 20%, estimulada pelas vendas para o exterior.

“Se considerarmos os valores em dólares, houve um aumento de 75% neste mesmo período. A maior parte destas vendas tem como destino a América Latina, especialmente a Argentina, mas a diversificação está ocorrendo. No ano passado, algumas unidades já foram exportadas para a África”, complementou.

Pedro Gutemberg, diretor executivo de Operações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), explica que, em função da retração do mercado interno, a empresa prospectou novos mercados: “Consequentemente, ampliamos a exportação de produtos siderúrgicos em 2016 e 2017. Embora seja um mercado extremamente competitivo, temos conseguido bons resultados graças à qualidade do nosso produto”.

Importações

As importações apresentaram recuo de 10% no comparativo semestral e atingiram o menor patamar registrado desde 2009. As indústrias que registraram maior recuo de importações foram as de Outros Equipamentos de Transporte (60%), Máquinas e Equipamentos (39%) e Produtos Químicos (16%). Contudo, as compras de combustíveis cresceram 78%.

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