Especialista orienta a não utilização de máscaras em menores de dois anos

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BARRA MANSA

Indicada por especialistas e lei em alguns municípios, a utilização de máscaras ao sair nas ruas é cada vez mais comum. Contudo, os pais de crianças menores de dois anos devem estar atentos que, o objeto ao invés de proteger o pequeno, pode prejudicar. Segundo o pediatra Fabrício Camargo, além de incomodar, a utilização da máscara na criança nessa faixa etária pode causar a contaminação.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgou no dia 3 de abril orientações gerais sobre as máscaras faciais de uso não profissional. A pasta contraindicou o uso da máscara em crianças menores de dois anos, pessoas com problemas respiratórios ou inconscientes, incapacitadas ou incapazes de remover a máscara sem assistência.

A moradora de Barra Mansa, Selma Viana da Silva, de 35 anos, tem uma filha de um ano e meio e falou ao A VOZ DA CIDADE que chegou a tentar colocar a máscara na pequena, mas ela se sentiu incomodada e levou a mão ao rosto o tempo inteiro. “A incomoda demais, ela se sente sufocada e começa ficar ofegante. Cheguei a ver na televisão que isso é perigoso, pois a criança realmente pode sufocar, e até mesmo babar, diminuindo a eficácia da máscara”, relatou.

Dr. Fabrício explicou que, apesar da máscara causar um desconforto respiratório, não há um risco eminente se a criança não tiver nenhum problema pré-existente. “Nós sabemos que uma máscara não é o suficiente para proteger uma pessoa. Mas se uma criança tem um problema de respiração, ela fará uma força maior para respirar, mas uma criança saudável apenas se sentirá muito incomodada. O mais preocupante é a autoinfecção”, destacou.

“A CRIANÇA PODE SE AUTOINFECTAR”

Segundo o pediatra, os menores de dois anos não sabem entender a importância de não levar as mãos na parte frontal da máscara e por estarem sempre tocando nos objetos, pode haver uma infecção. “Eles não têm a mecânica da prevenção, não entendem o que está acontecendo e a máscara, além de incomodá-los, pode ajudar a contaminá-los”, disse, destacando que grande parte das crianças não tem complicações com o vírus. “Eles têm uma resposta boa, a parte imunológica é boa”, disse.

Ainda de acordo com Fabrício, o ideal é que essas crianças permaneçam em casa neste período, uma vez que são as maiores assintomáticas. “É uma doença silenciosa e é necessário atenção com os pequenos, pois a grande maioria não apresenta sintomas, mas podem passar para os mais velhos. Além de mantê-los em casa, é importante evitar que eles tenham contato com pessoas do grupo de risco”, finalizou.

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