VOLTA REDONDA
A recomendação de autoridades e especialistas é que se evite sair de casa o máximo possível, a não ser em casos de grande necessidade. Desde que começaram as medidas de isolamento, os serviços de delivery têm sido cada vez mais solicitados, o que causa uma sensação de segurança ao cliente que recebe a encomenda em casa. Contudo, a Covid-19, como qualquer outro vírus, pode sobreviver por dias em uma superfície, sendo assim, o material que você recebe em casa pode vir contaminado e são necessários cuidados para evitar levar a doença para dentro de casa.
Segundo a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção da Unimed de Volta Redonda, Dra. Keyla Barros, o tempo de vida de um vírus varia de acordo com o material da superfície. “Em média é de um a dois dias, em alguns materiais esse tempo é bem maior”, disse, destacando que ao receber a encomenda, deve-se realizar a higienização da embalagem. “Se for um alimento, é bom ter um recipiente para colocá-lo e descartar a embalagem”, disse.
A especialista explica também que é necessária a higienização da embalagem. “Um borrifador com álcool 70 pode ajudar. Mas é importante se atentar que apenas borrifar e deixar secar sozinho não mata o vírus, tem que haver a ativação do produto, e para isso tem que ter a fixação”, ratificou, aconselhando a usar um papel toalha, que pode ser descartado, para espalhar o produto pela embalagem. “A higienização do local que a embalagem foi colocada também é importante, como, por exemplo, a mesa, a pia, a bancada. Após isso, faltará apenas higienizar as mãos”, detalhou.
O CONTATO COM O ENTREGADOR
A infectologista ainda destacou que para ter o mínimo contato possível com o entregador, o recomendável seria apenas os pagamentos pelos cartões, através dos aplicativos. “É bom evitar dinheiro, porque o dinheiro também pode está contaminado. A utilização da máscara também é de suma importância, tanto do cliente, quando do entregador”, relatou.
Em relação a utilização de luvas, a Dra. Keyla explicou que isso pode passar uma falsa sensação de segurança. “A luva é descartável e ela tem um tempo de duração, se não houver a utilização da forma correta, você pode se contaminar, achando que a luva está te protegendo”, explicou, finalizando que o ideal ainda é a higienização dos objetos, das embalagens e principalmente das mãos. “É importante refletirmos nesse momento de como a higiene correta é essencial para evitar doenças, como, por exemplo, as bactérias. Após a pandemia, esse costume tem que permanecer. Muita gente fica doente todos os anos por causa dessa falta de conscientização”, finalizou.