Especialista alerta sobre o risco da hipertensão durante a gravidez

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BARRA MANSA

Momento único na vida das mulheres à gravidez por trazer com ela uma condição rara e séria. A pré- eclampsia é um dos aspectos importantes a se observar durante a gravidez, particularmente se a gestante tiver um dos fatores de risco conhecidos. Se estiver se perguntando se a pré-eclâmpsia é comum, é bom saber que ela só afeta de duas a oito por cento das mulheres grávidas.

A ginecologista Jaqueline Andrade explica que pré-eclâmpsia é um distúrbio da pressão arterial que geralmente ocorre após a 20ª semana de gravidez, no segundo ou no terceiro trimestres. Uma condição semelhante, chamada pré-eclâmpsia pós-parto, pode ocorrer após o nascimento. “Nem sempre é possível prevenir a pré-eclâmpsia, mas se a gestante apresentar um dos fatores de risco, é melhor tomar alguns cuidados. Identifique e trate os fatores de risco antes de ficar grávida. Por exemplo, controle a pressão alta, perca peso se necessário e, se você for diabética, tenha sua condição sob controle antes de ficar grávida. Seu médico pode aconselhá-la sobre os próximos passos, caso você esteja grávida e apresente algum desses fatores de risco”, destaca.

A hipertensão pode passar despercebida, pois não costuma ter sintomas evidentes. Por isso, é tão importante acompanhar a evolução da pressão ao longo dos meses, de maneira correta e regular, durante as consultas de pré-natal. Exames de sangue e urina também dão pistas de alterações, como nos níveis de ácido úrico. “Quando a disfunção é diagnosticada, o próprio obstetra pode tratá-la. Casos leves são controlados com repouso, baixa ingestão de sal e de calorias, anti-hipertensivos e visitas frequentes ao médico, de acordo coma necessidade. Os quadros mais intensos, além de tudo isso, necessitam de internação para um acompanhamento rigoroso. Se a situação estiver estabilizada, a gestação segue normalmente”, destaca.

Esse conjunto de precauções minimiza significativamente o risco de o quadro evoluir para eclâmpsia. Do contrário, a mulher pode apresentar um comportamento que lembra um ataque, com queda, perda de consciência e vômito. As pessoas próximas devem chamar ajuda médica ou levar a gestante ao pronto-socorro o mais rápido possível. Casos severos podem levar a mãe e o bebê à morte. Por isso, em algumas situações, o obstetra pode prescrever sulfato de magnésio antes do parto, para proteger os neurônios da mãe e do bebê, se houver um pico de pressão.

A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação. Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes são indicados para o controle dos quadros de eclâmpsia mais graves, que podem exigir a antecipação do parto. A doença regride espontaneamente com a retirada da placenta.

 

Quadro pode variar

Pré-eclâmpsia moderada. Mesmo um aumento moderado da pressão arterial pode ser um sinal de pré-eclâmpsia; no entanto, como os sintomas não são fortes, talvez você nem os note. A pré-eclâmpsia moderada também precisa de acompanhamento minucioso do seu médico, e talvez seu parto seja induzido assim que a gravidez chegar a termo.

Pré-eclâmpsia grave. Sua pressão estará muito alta e você provavelmente notará sintomas graves (mais informações abaixo) e pode necessitar de hospitalização. Seus médicos tratarão seus sintomas, mas, em casos raros e extremos, seu parto terá de ser induzido.

Seu médico fará exames para detectar a pré-eclâmpsia regularmente durante o pré-natal e, se necessário, tratá-la. A maioria das mulheres com pré-eclâmpsia acaba tendo bebês saudáveis.

Eclâmpsia: É fácil confundir pré-eclâmpsia com eclâmpsia. A eclâmpsia é uma condição mais grave, que envolve convulsões ligadas à pressão alta. Ela geralmente requer o parto imediato do bebê, independentemente do momento da gravidez.

Pré-eclâmpsia pós-parto: Ocorre após o parto e é possível desenvolvê-la mesmo se você não apresentou sinais durante a gravidez. A pré-eclâmpsia pós-parto pode aparecer dentro de 48 horas após o parto ou até 6 semanas depois. Os sintomas normalmente são os mesmos da pré-eclâmpsia; no entanto, dar à luz é a cura para a pré-eclâmpsia, e o tratamento da pré-eclâmpsia pós-parto geralmente envolve medicamentos para baixar a pressão arterial e prevenir as convulsões.

Sinais de pré-eclâmpsia

Inchaço de mãos, pés e rosto
Dor de cabeça
Dores abdominais
Sangramento vaginal
Perda de proteínas pela urina
Alterações visuais
Pressão alta
Baixo nível de plaquetas no sangue
Alteração de enzimas hepáticas

O que aumenta o risco de pré-eclâmpsia

Primeira gestação
Gravidez gemelar
Fetos grandes
Histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestações anteriores
Ocorrência de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia na família
Pressão alta antes da gravidez
Idade superior a 35 anos
Sobrepeso

 

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