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Especialista alerta como inverno e o isolamento social podem afetar a saúde do coração

Por Franciele Aleixo

 

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VOLTA REDONDA

Estamos oficialmente na estação mais fria do ano, o inverno. De acordo com dados da American Heart Association (Associação Americana do Coração), os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares aumentam de 20% a 25% no inverno.

Entretanto, neste ano, o inverno não é o único a colocar em risco a saúde do coração. Devido à pandemia do novo coronavírus, a principal recomendação de prevenção é o isolamento social. Estresse, tristeza e ansiedade, comuns durante a quarentena, prejudicam a saúde cardiovascular principalmente das pessoas que estão no grupo de fatores de risco, como diabéticos, sedentários, cardiopatas, idosos e obesos.

O professor do curso de Medicina do UniFOA, Walter Fonseca, explica que  todos os extremos podem afetar a saúde coronariana. “Quando as temperaturas caem, o corpo lança mão de alguns mecanismos de proteção, a tireóide funciona mais, e acelera os batimentos cardíacos, gerando calor, por outro lado, este calor não pode ser perdido. No inverno a incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) são maiores durante a manhã. Isso acontece porque o corpo está quente, a pressão arterial está baixa. De repente o individuo levanta rapidamente usando roupas leves e há o choque de temperaturas que pode causar o infarto, pois a pressão se elevou rapidamente. É importante levantar-se devagar, se agasalhar, e não levantar-se descalço para evitar choque de temperaturas”, aconselha o médico.


Além das reações naturais do corpo no inverno, as condições ambientais durante essa época do ano também contribuem para a incidência de infartos e AVCs, já que o inverno provoca aumento da poluição nas cidades.

Frio e a quarentena

O isolamento social e os riscos da Covid-19 tornam o cotidiano ainda mais estressante. E esses sentimentos acarretam em uma série de efeitos no corpo, como o aceleramento dos batimentos cardíacos e a vasoconstrição, condição causada pela descarga de hormônios, como a adrenalina e o cortisol, na corrente sanguínea, que contraem os vasos e favorece a hipertensão. “O ser humano é sociável, gosta do contato físico. Em outras pandemias ou guerras estudos comprovam o aumento de depressão durante estes períodos, manter-se positivo, tirar algumas horas no dia para praticar uma atividade relaxante e dormir bem são essenciais para enfrentar com saúde o momento que estamos vivendo”, pondera. Para evitar infartos no inverno ele também aconselha manter uma alimentação saudável, incluindo frutas, legumes e verduras, além de beber água.

Outra dica importante é o sol. É preciso que o corpo seja exposto aos raios solares para se evitar uma série de agentes infecciosos. “Clima seco, ambientes fechados e roupas guardadas por muito tempo são fatores coadjuvantes para problemas coronarianos. Neste isolamento social a pessoa tende a não pegar sol. É preciso ter essa rotina. Se você mora em apartamento onde não há incidência solar, vá para o pátio, para a rua, usando máscara e observando um horário onde há poucas pessoas na rua para respeitar o distanciamento social”, destaca Walter, aconselhando a tomar sol com roupas leves e sem chapéu para aumentar a incidência solar sob a pele.

 

 

 

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