Escória e poluição da CSN é tema de discussão entre MPF e movimentos sociais

0

Técnicos ligados aos movimentos sociais do município se reuniram ontem com a Procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Marcela Harumi. O encontro teve como objetivo discutir sobre o Pátio de Escória localizado no bairro Brasilândia e a poluição causada na cidade pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Segundo destacou a procuradora, foi um encontro produtivo. Vale lembrar que a reunião deve duração de quase duas horas de diálogo entre técnicos e especialistas ligados aos movimentos sociais. O encontro aconteceu na sede do MPF em Volta Redonda, e tratou da grave questão da escória da CSN e da poluição na cidade.

Estiveram presentes na reunião, entre outros, o engenheiro João Thomaz, representando o Sindicado dos Engenheiros de Volta Redonda (Senge-VR), da Comissão Ambiental Sul, Antônio Amorim e Marcos Vinícius, ligados ao Movimento pela Ética na Política (MEP) e o advogado Edson Lana pela Ordem dos Advogados do Brasil de Volta Redonda (OAB-VR).

Vale lembrar que, tema recente de uma audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores, o pátio de escória já vem há anos sendo denunciado. Para se ter uma ideia, o depósito de escória no Brasilândia foi instalado em 1970. Na ocasião, os montes de escórias não chamavam a atenção e nem faziam parte da paisagem da cidade. Atualmente o cenário é assustador, já que os montes estão aumentando a cada dia, quase 40 metros de altura, e trazendo damos à saúde da população, conforme garantem especialistas.

Pó preto na cidade aumenta a cada dia e já está preocupando a população – Foto: Divulgação

Moradores da cidade estão a cada dia se assustando com a quantidade de pó preto se espalhando pela cidade. É importante ressaltar que o MPF já acompanha o caso e já vai ajuizar uma ação civil pública ou tentar um Termo de Ajuste de Conduta. A Procuradora Marcela Harumi segue à frente do caso. Ela garantiu, recentemente, durante audiência na Câmara de Vereadores de Volta Redonda que a cidade pode estar vivendo um caso de saúde pública. Disse ainda que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou a ela que não conta com corpo técnico para fazer um estudo que possa tirar a dúvida sobre o potencial do depósito causador de doenças aos moradores.

Deixe um Comentário