VOLTA REDONDA
A equipe socioambiental do Movimento pela Ética na Política (MEP), após a informação sobre a prorrogação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), se reuniu com conselheiros na quinta-feira, dia 12. Durante a reunião, o coordenador da equipe socioambiental, Pedro Paulo Vidal Bichara Garcia, classificou a medida como ‘desastrosa’.
Segundo Vidal, o TAC é um instrumento importante para se fazer correções de rumo diante de uma realidade de conflito, no caso a intensa e continuada poluição em Volta Redonda, e o TAC pode ajudar muito. “Contudo, a notícia da prorrogação é desastrosa e assusta toda população, a considerar o sofrimento da comunidade com a poluição. Nesse contexto, o MEP está buscando estudar o termo da prorrogação, no tange aos aspectos administrativos e técnicos para ver como agir”, informou o ambientalista.
Paulo Vidal informou também que, paralelo a isto, o grupo de ambientalista já está contatando o Ministério Público Federal (MPF) para oficializar pedido de audiência sobre o fato. “A sociedade sofre, está adoecida e não agüenta mais”, disse Vidal após o encontro.
Vale lembrar que, o TAC entre CSN e Inea, firmado em 2018, seria encerrado no próximo dia 19, mas foi prorrogado por solicitação da empresa. O pedido foi aprovado por unanimidade em reunião da Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) nesta semana.
O Inea revelou que a siderúrgica já cumpriu 92% das 35 medidas previstas no termo para minimizar os impactos causados pela CSN principalmente com relação à poluição do ar. A previsão era de investimentos da ordem de R$ 300 milhões no período de vigência do acordo. O aditamento do TAC, ainda segundo o órgão ambiental, inclui a conclusão das ações pendentes e o pagamento de multas, que serão investidas em projetos ambientais na cidade.