Entidades e lideranças políticas discutem mobilidade com foco em acessos à Rodovia Presidente Dutra

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SUL FLUMINENSE

A Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) Líder Vale, promoveu nesta sexta-feira, 17, um encontro no Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB), em Volta Redonda, que discutiu a mobilidade, com foco na questão dos acessos à Rodovia Presidente Dutra. O deputado federal Hugo Leal foi um dos presentes, assim como membros da Associação Comercial, Industrial, Agropastoril e Prestadora de Serviços de Barra Mans (Aciap-BM) e de prefeituras de cidades da região.

Foi feita uma apresentação pelo diretor de Mobilidade da ADR Líder Vale, Péricles Aguiar, mostrando os trabalhos e os resultados alcançados. Ele destacou que o pleito principal em relação à nova concessão da Nova Dutra é a necessidade da via marginal e os acessos aos municípios que margeiam a rodovia. Segundo ele, dos 997 acessos, 216 estão fechados – sendo 20 em processo judicial. E, dos 781 abertos, 693 estão irregulares. “Muitos acessos para as cidades da região estão fechados e isso tem um grande impacto, afetando a mobilidade e a economia. Há cidade, que para ir de um bairro a outro é preciso ir pela Dutra. No processo anterior, nos mobilizamos e conseguimos bons resultados em muitas demandas, como a retirada da Praça de Pedágio em Barra Mansa, a alteração no formato do repasse do ISS, entre outras, e entendemos que nossa participação foi vitoriosa. Agora temos a questão da marginal e dos acessos como foco”, falou Aguiar.

Como participante de Barra Mansa, o presidente da Aciap-BM, Matheus Gattás destacou a importância de união entre as entidades e lideranças políticas visando a solução de problemas de mobilidade na região. No caso dos acessos à Via Dutra, ele destacou a dificuldade enfrentada por empresários e pelos agricultores. “Os acessos fechados inviabilizam o interesse das empresas em se instalar em determinados locais, é uma barreira para a atração de novas empresas e também uma dificuldade para as que estão em operação. Prejudica também os agricultores, dificultando o escoamento da produção”, falou.

O deputado federal Hugo Leal é membro da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Sobre a concessão da Via Dutra, afirmou que ela precisa ser pensada e discutida agora, mas é importante sempre lembrar que a validade das ações será pelos próximos 30 anos. “Minha maior briga é pelas faixas marginais, a obrigação de fazer e manter as marginais tem que ser das concessionárias. E é necessário, ao fazer uma concessão desse porte, ouvir os municípios, que lidam com o dia a dia. Sou incisivo nisso, porque, se não discutirmos isso hoje, só daqui a 30 anos. O papel de vocês, dessa forma organizada, é um diferencial”, disse Leal, afirmando que vai avaliar os dados apresentados para buscar as soluções necessárias, como mudanças em lei, criação dentro da ANTT de uma câmara de negociação, dentre outras medidas.

O coordenador político do gabinete do deputado Hugo Leal, o ex-deputado estadual Nelson Gonçalves, ressaltou a importância da transparência no processo de concessão das rodovias federais.  Nelson enfatizou que o diálogo entre setores é primordial a fim de evitar prejuízos à economia local. “É certo que uma das grandes reivindicações da região que margeia a rodovia Dutra é a questão dos acessos às empresas, sítios, fazendas, postos e outros que constantemente sofrem intervenção da concessionária no sentido de fechar os acessos. Isso será acompanhado de perto na questão da nova concessão. Outra questão importante para se resolver é a federalização da Rodovia do Contorno, para manutenção pela concessionária”, finalizou.

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