BARRA MANSA
Efetividade na fiscalização da prefeitura sobre o número de ambulantes não legalizados na cidade. Esse foi o tema da reunião realizada nessa semana, última quarta-feira, entre as entidades comerciais, como Sicomério, Aciap e CDL, e a Secretaria de Ordem Pública, Guarda Municipal e Policia Militar. O encontro aconteceu no gabinete do prefeito Rodrigo Drable (DEM). As entidades informaram que a preocupação tem sido pelo fato da maioria dos ambulantes não ser da região, o que traz insegurança tanto ao comércio local quanto aos consumidores.
“São produtos ilegais, sem procedência ou qualquer garantia ao cliente. Percebemos, após o aumento dos ambulantes, um crescimento nos assaltos a lojas e a transeuntes, trazendo a violência, comum aos grandes centros, também para a nossa cidade”, pontuou o presidente da CDL de Barra Mansa, Xisto Vieira Neto.
Já o presidente da Aciap, Bruno Paciello, disse que há informações de participação de ambulantes falsos trabalhando como olheiros, o que favoreceria assalto a lojas, a exemplo que aconteceu em grandes redes varejistas de Barra Mansa. “Os ambulantes ilegais operando de forma desordenada nas calçadas já muito movimentadas da cidade prejudica o fluxo das pessoas, suja a cidade e favorece pequenos furtos aos pedestres”, acrescentou Hugo Tavares, presidente do Sicomércio.
O comandante da 2ª Companhia do 28º Batalhão de Polícia Militar, capitão Alcimar Videira, presente na reunião, destacou que o ambulante ilegal já virou problema de segurança pública na cidade. “Algumas pessoas se passam por vendedores ambulantes para darem informações privilegiadas para cometimento de roubos na área, como por exemplo, um caso recente de um vendedor descascador de batata que foi preso por passar informações para que assaltantes agissem nas Lojas Americanas”, lembrou o capitão.
Por parte da prefeitura houve um comprometimento de reforço na campanha Ambulante Legal, em consonância com a legislação vigente. O secretário de Ordem Pública, Luiz Furlani, disse que será feita uma ação coordenada para regularização e fiscalização para que permaneçam nas ruas aqueles ambulantes que estão regularizados junto à prefeitura. “Ficamos em situação difícil. Sabemos da nossa obrigação em agir, porém também somos criticados pela própria população que se solidariza com eles, mas que depois reclama de todos os problemas gerados pela atividade ilegal”, ressaltou o comandante da Guarda Municipal, Joel Valcir Pereira.
