RESENDE
A criação de um consórcio para fomentar a atividade rural entre os quatro municípios que formam a região das Agulhas Negras, além da participação da cidade de Barra Mansa será discutida em um encontro que vai acontecer nesta quinta-feira, dia 8, às 11 horas, na sede da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda. A reunião contará com a presença do Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Rio de Janeiro, José Essiomar Gomes da Silva, secretários municipais das cidades envolvidas e empreendedores que atuam no ramo do agronegócio. A proposta é a de formação de um Consórcio Intermunicipal de Inspeção Sanitária de Produtos Animais para a região Sul Fluminense. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural de Resende, Alberto Figueiredo, a proposta do Consórcio é o de dividir os custos e reduzir os trâmites de inspeção sanitária de produtos como leite, queijo, mel e carnes produzidas na região. “Basicamente a proposta é o de buscar uma economia de insumos para produção e eliminar a necessidade de contratação de material humano. Com essa união, cada município contribui com o que pode. Cedendo um profissional, outro município pode disponibilizar um laboratório, outro um veículo para o trabalho em campo. No final os municípios se ajudam reduzindo custos e fomenta o agronegócio na região”, explicou o secretário, informando que durante o encontro, um técnico do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e outro da Prefeitura de Resende farão palestras sobre o processo de formação do Consórcio.
Memória do café
No mesmo dia, às 10h da manhã, será realizado no entorno da Casa da Cultura, um plantio de mudas de café, marcando o lançamento do programa de Recuperação da Memória do Café em Resende. Durante o evento, que contará com a participação da Corporação Musical de Visconde de Mauá e de alunos da Escola Municipal Luiz Pistarini, o historiador Fúlvio Stage fará uma explanação sobre a história do café em Resende, relembrando porque o fruto já foi chamado de “ouro verde” na região. As mudas foram doadas à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural pelo Ministério da Agricultura.
O plantio, segundo a presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, Denise Assis, é o primeiro passo para o resgate da memória do café em Resende, onde a cultura foi introduzida em 1729, pelo Padre Antônio Couto. Daqui, o café irradiou-se para toda a região, ditando o desenvolvimento das cidades que viveram um período de fartura e muita riqueza. “O ciclo cafeeiro teve uma importância muito grande não só para Resende, como para toda a região e é esta memória que queremos resgatar e preservar para as futuras gerações. Para isso, estamos fazendo um levantamento de dados no nosso Arquivo Histórico e já debatemos também a criação de um Museu do Café na cidade”, disse a presidente.