Em Tonga, Guterres inaugura Fórum das Ilhas do Pacífico com apelo ao G20 para ação climática

Secretário-geral ressalta urgente necessidade de fundos, capacidades e tecnologia para acelerar transição e investimento das nações da região; António Guterres ressaltou que o Pacífico é um farol de solidariedade e força, em evento acontece sob o tema “Pacífico Resiliente e Transformador; Construindo Melhor Agora”.

Por Andre
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NOVA IORQUE/TONGA

O 53º Fórum das Ilhas do Pacífico começou nesta segunda-feira em Nukualofa, Tonga, reunindo centenas de líderes e representantes internacionais sob o tema “Pacífico Resiliente e Transformador: Construindo Melhor Agora”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou na abertura, destacando a urgência de um plano de sobrevivência para o planeta. Segundo ele, o caminho é claro: uma transição justa e rápida para a eliminação dos combustíveis fósseis, responsáveis por 85% das emissões globais de gases de efeito estufa.

Urgência na redução dos combustíveis fósseis

Guterres ressaltou que até 2025 todos os países devem apresentar planos climáticos compatíveis com o limite de 1,5ºC de aquecimento global até o fim do século. Ele direcionou um apelo ao G20, cujas economias são responsáveis por 80% das emissões globais, pedindo que liderem o combate à crise climática. Para isso, devem eliminar gradualmente a produção e o consumo de combustíveis fósseis e interromper a expansão dessas atividades imediatamente.

Além disso, Guterres destacou a necessidade urgente de financiamento, capacidades e tecnologias substanciais para acelerar a transição no Pacífico, com foco em adaptação e resiliência climática. Ele também renovou o apelo pela reforma da arquitetura financeira internacional, pedindo maior capacidade de empréstimo pelos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e alívio da dívida, inclusive para países de renda média que enfrentam dificuldades.

Desafios globais e solidariedade no pacífico

Em meio a um cenário global de conflitos, crise climática e crescentes desigualdades, Guterres reforçou que o Pacífico é um farol de solidariedade, governança ambiental e paz, oferecendo lições valiosas para o mundo. Ele enfatizou a rica herança cultural da região, habitada por marinheiros destemidos e pescadores com conhecimento ancestral do oceano, e lamentou que o restante da humanidade tenha tratado o mar como um esgoto.

Ameaça do aumento do nível do mar

O secretário-geral também alertou sobre os perigos da poluição plástica que sufoca a vida marinha, e o impacto dos gases de efeito estufa que aquecem o oceano, aceleram a acidificação e provocam o dramático aumento do nível do mar. Apesar desses desafios, Guterres elogiou as ilhas do Pacífico por liderarem os esforços globais de proteção ao clima, ao planeta e aos oceanos, como ao declarar emergências climáticas e pressionar por ações concretas.

Ele também mencionou iniciativas como a ação judicial apresentada por jovens do Pacífico à Corte Internacional de Justiça, reforçando as aspirações de uma transição justa para um Pacífico livre de combustíveis fósseis.

*– Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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