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Em todo estado continuam proibidas aglomerações, como comícios e passeatas

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE/ESTADO

Havia um comunicado da Justiça Eleitoral e uma recomendação para que os políticos evitassem aglomerações nesse período de pandemia até o dia 6, terça-feira. A espera foi estendida. E aqueles que planejavam fazer comícios e promover caminhadas demonstrando força de campanha com grande número de apoiadores nas ruas terão que colocar as ‘barbas de molho’. Pelo menos até o dia 20 deste mês, quando um novo posicionamento será tomado pelo governo estadual. Isso porque o governador em exercício, Cláudio Castro, prorrogou as medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à propagação da Covid-19 em todo o estado. Continuam, portanto, proibidas atividades com presença de público que envolva aglomeração, como eventos desportivos, comícios e passeatas.

Embora não aja multa estipulada, os cartórios eleitorais, mediante orientação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), estão conversando com os candidatos e partidos políticos repassando essa determinação para evitar aglomerações até o dia 20. Uns estão seguindo, outros nem tanto.

E muitos estão se perguntando como fazer uma campanha eleitoral durante uma pandemia, com suas restrições naturais de falta de receptividade do público, a negação para as famosas reuniões nas residências. E o que dizer dos comícios que movimentavam grupos políticos? E a apresentação dos candidatos nas ruas de máscaras, como criar uma identidade visual entre esse momento e o voto em urna? São muitas perguntas que ainda estão sem uma resposta correta, até porque não há um manual para fazer campanha política durante uma pandemia.

O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com o consultor político, Carlos Manhanelli, proprietário da primeira empresa especializada em Marketing Político Eleitoral no Brasil. Ele disse que diversas experiências estão sendo feitas hoje para ver o que realmente pode funcionar em campanha política. Mas uma coisa é certa. O mosaico da comunicação – TV, Rádio e Internet, precisa ser muito bem trabalhado nesse momento.

“As pessoas precisam fazer o que é possível dentro das normas. Temos as bandeiras, todos devidamente protegidos, respeitando os protocolos de cada local, os adesivos de carro, distribuição de material em caixas de correio. As atividades de rua são essas. Fora isso, a intimidade que antes acontecia em reuniões, será muito difícil de acontecer”, disse.

Manhanelli argumentou que o que vai realmente massificar a campanha será televisão, rádio e internet. “Há pouco tempo o governo federal com as aulas na internet, levantou que ¼ dos alunos não contam com internet. Isso representa então 25% do eleitorado. Então dizem que essa será a eleição da internet e estão se esquecendo desse dado, sendo importante ter um trabalho para rádio e televisão”, argumentou, frisando que quem deseja fazer um trabalho que feche o mosaico da comunicação, precisa ter profissionais que façam esse trabalho bem feito.

À TOA?

A respeito da apresentação nas ruas com máscaras e criar esse vínculo visual com o eleitor, o consultor político disse mais uma vez que na TV, internet, adesivos e cartazes ele estará sem máscaras, por isso importante massificar nos meios. “Acaba que nesse momento, andar pelas ruas acaba tendo pouco retorno”, diz.

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OUTROS PONTOS DO DECRETO DO GOVERNADOR

Há ainda outros pontos do decreto prorrogado pelo governador em exercício, como o retorno dos torcedores aos estádios de futebol, que contará com legislação específica, atividades culturais previamente autorizadas e rodas de samba podem ser realizados seguindo os protocolos sanitários avaliados pela Autoridade Sanitária Municipal e a Secretaria de Estado da Saúde.

Os serviços de consumo de bebidas alcoólicas em ambiente externo ao estabelecimento permanecem vedados após às 22 horas, ficando autorizados apenas para os clientes sentados em mesas e cadeiras nas áreas internas e externas, respeitando o distanciamento mínimo de 1 a 2 metros.

Bandeira amarela

Segundo a última nota técnica e o painel de indicadores sobre a pandemia de coronavírus, entre as nove regiões em que o estado é dividido, oito estão classificadas com bandeira amarela, que indica baixo risco para a doença: Metropolitanas I e II, Baía da Ilha Grande, Médio Paraíba, Norte, Baixada Litorânea, Noroeste e Serrana.

 

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Campanha eleitoral de Rádio e TV

A partir desta sexta-feira, 9, até o dia 12 de novembro, acontece a propaganda eleitoral gratuita em Rádio e Televisão. Nas eleições municipais o tempo é de dez minutos. Nas cidades que têm TV local os candidatos aparecem, além de no rádio. Nas demais é apenas em rádio. As propagandas acontecem de segunda a sábado, no rádio das 7 às 7h10min e das 12 às 12h10min. Na televisão é das 13 às 13h10min e das 20h30min às 20h40min. Essas serão apenas para prefeitos.

O outro formato será por meio de comerciais, de 30 segundos ou um minuto cada, que serão exibidos ao longo do dia. Para as inserções, cada emissora de rádio e televisão vai destinar 70 minutos diários. O tempo será dividido ao longo da programação de segunda a domingo, na proporção de 60% para candidatos a prefeito e 40% para candidatos a vereador.

Nessa eleição as regras estão diferentes por conta da cláusula de barreira aprovada pelo Congresso Nacional em 2017, o que deu apenas aos partidos que atingiram o mínimo de votação na eleição de deputado federal o acesso ao horário político.

 

 

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