Edmar Santos teria firmado acordo de delação premiada e entregado provas contra governador  

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 ESTADO

Edmar Santos, ex-secretário de Estado de Saúde foi preso na última semana em investigação que apura desvio de recursos na compra de respiradores para combate ao novo coronavírus. Ele teria firmado um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República e entregou um conjunto de provas materiais envolvendo o governador Wilson Witzel no esquema de corrupção. Essas informações foram veiculadas em uma coluna a Revista Veja, Radar.

A Operação Placebo investiga corrupção em contratos no meio da pandemia no governo de Witzel na compra de respiradores, o que é investigado também na Operação Mercadores do Caos. Segundo a coluna, o ex-secretário teria se comprometido a devolver R$ 8,5 milhões aos cofres públicos. Essa quantia foi apreendida pelo Ministério Público em endereços de Edmar Santos durante desdobramentos das operações. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 36.922.920,00 dos cofres públicos do estado durante a pandemia do novo coronavírus.

Em rede social, o governador se pronunciou dizendo que segue com seu compromisso de governar com ética e transparência. “Minha trajetória de vida fala por mim. Jamais me desviei do caminho da lei e, desde janeiro de 2019, do objetivo de reerguer o nosso Estado. Nem eu e nem ninguém pode ser acusado de qualquer irregularidade sem prova”, escreveu Witzel em seu Twitter.

CONTRA O PROCESSO DE IMPEACHMENT

Não apenas na Justiça que Witzel encontra problemas. No campo político também já que a Alerj analisa pedido de impeachment contra ele. E na segunda-feira, ele entrou com  mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do Estado contra a Alerj alegando que a Casa praticou “ato ilegal e violador de garantias constitucionais” no processo de impeachment aberto contra ele. O TJRJ informou hoje que o processo ainda não foi  distribuído.

A defesa de Witzel alega cinco ilegalidades cometidas no processo de impeachment. Entre elas, os advogados citam o fato de o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves, não ter autorizado o compartilhamento de provas com a Alerj do inquérito na Corte que envolve o governador.

A Alerj informou que ainda não foi notificada sobre o mandado de segurança. “A Casa tem a certeza de que todos os procedimentos legais e constitucionais estão sendo observados, de modo a garantir ao governador o pleno exercício do direito à ampla defesa e ao contraditório”, disse, em nota.

No último dia 6, a comissão especial da Alerj que analisa o processo de impeachment de Witzel aprovou a retomada do prazo de 10 sessões para a defesa do governador.

No dia 24 de junho, a comissão havia suspendido a contagem de prazo da defesa do governador até a vinda de informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que embasaram a investigação.

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