Economista explica porque consumidor sente peso da inflação mesmo com expectativas de queda

Nesta segunda-feira, dia 11, Banco Central apontou que mercado reduziu expectativas de inflação para 5,05% em 2025

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, dia 11, pelo Banco Central, aponta que pela11ª semana seguida, o mercado financeiro reduziu as expectativas de inflação para 2025. Atualmente, as projeções apontam que o ano fechará com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – em 5,05%, percentual inferior aos 5,07% projetados há uma semana; e aos 5,17% projetados há quatro semanas. No entanto, mesmo com essas simulações e a expectativa de queda na inflação, o consumidor ainda vem sofrendo com a alta dos preços, o que segundo a economista Sônia Vilela, pode estar relacionado a diversos fatores.

Ela ressalta que uma das explicações para isso seria o fato de que, ainda que o Banco Central tenha uma escalada de juros altos, o impacto dessa taxa na inflação não é imediato, o que pode levar pelo menos nove meses para contrair a demanda interna e assim, impactar na inflação. “Por outro lado, o resultado da taxa de juros é mais eficaz quando há inflação de demanda. Ou seja, aumento do consumo, resultante do ganho real de renda. Vimos que houve uma melhora na renda dos brasileiros, promovida pela redução do desemprego e também pelas políticas sociais do governo, porém, ocorre que as taxa de juros muito altas, aumentam os gastos com o serviço de pagamento das dívidas dos governos e tensionam os gastos públicos, piorando as expectativas do mercado”, destacou a economista.

Ainda segundo ela, não menos importante, do que esses fatores, tem se observado o aumento dos preços dos alimentos, o que pesa no bolso do consumidor, promovido pela redução da oferta, resultante de fatores climáticos, que segundo os especialistas, tenderão a ser cada vez mais intenso.

“No aspecto microeconômico, há a dispersão de preços que exige um cuidado extra do consumidor para conseguir comprar com preços mais competitivos. Ele precisa consultar e planejar seus gastos com muita paciência e entender que a expectativa de inflação mais baixa é resultante da política contracionista do Banco Central e do cenário externo. A sensação de que tudo está mais caro pode estar influenciada por diversos fatores econômicos e pela percepção individual de cada consumidor. É importante estar atento e buscar formas de proteger o poder de compra, como pesquisar preços, substituir produtos e buscar promoções”, orientou.

Expectativas para 2026

Para 2026, as expectativas do Banco Central para a queda da inflação se mantêm há quatro semanas, quando chegou a 4,5%. Atualmente, o IPCA projetado para o ano que vem em 4,41%; e para 2027, em 4%.

 

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