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Economista dá dicas para evitar fraudes em compras na Black Friday

Por Franciele Aleixo
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Sul Fluminense

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas e Análises (IFEC-RJ) mostrou que 60,3% dos consumidores do Estado do Rio de Janeiro pretendem comprar na Black Friday, o que representa 8,4 milhões de pessoas, superando o ano passado (4,3 milhões) e 2019 (8 milhões). O estudo aponta ainda que a intenção de gastos chegará a R$ 1.681,59, em média, na data comemorada no próximo dia 26. Esse valor é 91% maior do que a intenção de gasto médio de 2020, que chegou a R$ 876,49.

Entre os principais desejos de compra, segundo o IFEC-RJ, estão os eletrônicos (56,4%), os eletrodomésticos (47,5%), itens do vestuário, calçados e acessórios (32,6%), móveis (26,5%), artigos de uso pessoal (22,7%) e pacotes de viagem (12,2%).

O economista e professor da Estácio em Resende e Volta Redonda, José Valmir Pedro, traz algumas dicas valiosas e que podem ser usadas antes, durante e depois das compras. Ele ainda explica que a data é importante para a cadeia da Economia, pois representa uma oportunidade para os comerciantes renovarem seu estoque acumulado durante o ano e liberar espaço para produtos novos para o Natal. “O consumidor ganha, pois se tiver atenção ao comprar na Black Friday pode ser bastante vantajoso; e a indústria também ganha, porque assim se abre a possibilidade de fabricação de novos produtos. E assim toda a cadeia se movimenta”, explica.

O economista orienta para o momento antes da compra: fazer uma lista do que realmente necessita e pesquisar os preços. “Não compre mais do que precisa, isso pode causar endividamento; e sempre pesquise o preço dos produtos em várias lojas, online ou físicas. Hoje em dia existem sites como o Já Cotei, por exemplo, que são ferramentas inteligentes que nos ajudam a acompanhar a evolução de preços, o que auxilia o consumidor a não cair em falsas ofertas”, cita.

Após as compras, o economista sugere que ele tenha paciência, pois sua entrega pode sofrer um pequeno atraso, o que é considerado normal, visto o número de pessoas que compraram em um mesmo período. “E caso você tenha recebido o produto e não tenha ficado satisfeito, ou acha que foi enganado, denuncie no site www.consumidor.gov.br e no Reclame Aqui, ou simplesmente o devolva em 7 dias, pois isso é um direito do consumidor estabelecido por lei. Quando isso ocorrer, a empresa terá que reembolsar todo o valor da compra. E pensando nisso, é importante sugerir também que não rasgue totalmente as embalagens assim que receber o produto, tente mantê-las o mais intactas possível, pois caso precise devolver você terá que fazer com a embalagem original, mesmo que com pequenas avarias”.

Senacon alerta para riscos de golpe durante compras na Black Friday

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), elaborou uma lista de orientações para serem adotadas nas compras digitais durante o período de promoções. O objetivo é evitar que os consumidores caiam em golpes durante a Black Friday.

Com a pandemia, as compras online cresceram e, com isso, a quantidade de reclamações envolvendo comércio eletrônico quase dobrou, segundo a pasta. Dados do Portal do Consumidor (consumidor.gov.br) mostram que em 2019 foram 63.877 registros de reclamações, enquanto em 2020 esse número saltou para 119.010.

Segundo a Senacon, conhecer a reputação da loja, guardar os registros de compras e pesquisar se o site tem conexões seguras para proteção de seus dados são algumas das orientações para que o consumidor não caia em armadilhas. O órgão também afirma é que preciso estar atento para comprar somente o necessário, não se deixando levar pelas compras por impulso.

Reputação da loja em que pretende comprar

O cliente pode checar a reputação de grandes varejistas na plataforma consumidor.gov.br. É possível ler o conteúdo das reclamações, as respostas das empresas e a avaliação dos consumidores no site.


Consulte os sites comparadores de preços e produtos online

Há formas de comparar preços em sites de pesquisa e alguns Procons também publicam em seus sites listas de fornecedores que devem ser evitados. Pesquise sobre os produtos que deseja comprar antes da data e avalie a variação do preço promocional no dia da oferta. Certifique-se de que os descontos ofertados de fato valem a pena e são reais.

Cuidado com e-mails e sites fraudulentos

O recomendado é entrar no site oficial da loja por seu endereço online e não por meio de links duvidosos que podem chegar por e-mail ou dispositivos móveis.

Presença de certificados de segurança de pagamentos 

Não forneça seus dados bancários a sites que não possuem certificados de segurança. Somente acesse sites do fornecedor digitando o endereço diretamente em seu navegador, evitando links existentes em uma página ou em uma mensagem; evite compras ou pagamentos por meio de computadores de terceiros ou por meio de redes Wi-Fi públicas.

Confira política de cancelamento ou troca de produto

Verifique se a loja física ou site permite a troca do modelo ou tamanho do produto após a compra. Se permitir, no caso da loja física, faça constar uma observação (na nota fiscal ou na etiqueta, por exemplo) de que a troca é permitida. Exija sempre a nota fiscal.

Confira dados para pagamentos com PIX

Ao utilizar o PIX, o consumidor precisa seguir os mesmos cuidados indicados para qualquer outro tipo de transferência, como checar os dados do recebedor. Também é importante cadastrar chaves apenas nos canais oficiais da instituição financeira, como aplicativo ou agências, e desconfiar de contatos ou ofertas de ajuda não solicitadas sobre isso.

Registre reclamação caso não consiga resolver problema

Se o cliente tiver problemas de consumo que não tenha conseguido resolver diretamente com a empresa, ele tem à disposição a plataforma Consumidor.gov.br para solucionar conflitos que tenham ocorrido no período das promoções. Basta registrar a reclamação na plataforma, caso a empresa esteja cadastrada, ou procurar o Procon mais próximo de sua residência.

 

 

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