SUL FLUMINENSE
Os funcionários dos Correios definiram pela continuidade da greve deflagrada no dia 18 de agosto. Em assembleia virtual organizada no dia 4, respondendo sobre concordar ou não com a paralisação, dos 359 votantes a maioria (312) votaram a favor da sequência da greve; 31 foram contrários e outros 16 abstiveram o voto.
Segundo a categoria, a decisão foi embasada pela demora do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em marcar o julgamento do Dissídio Coletivo de Greve. Os trabalhadores reivindicam a garantia de benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho até 2021 junto à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A ECT obteve liminar junto ao Superior Tribunal Federal para fazer adequações financeiras diante do cenário da pandemia do coronavírus e propôs reduzir cláusulas do acordo coletivo dos trabalhadores. Os representantes sindicais recorreram ao TST, que inclusive já realizou audiência de conciliação, mas sem acordo entre as partes, caberá ao magistrado definir o Dissídio Coletivo de Greve.
Na região há mobilização de parte dos trabalhadores em agências em Resende, Volta Redonda, Barra do Pirai e Barra Mansa. Apesar do movimento grevista, os Correios ressaltam que não há paralisação de atendimentos e, inclusive, mutirões são realizados aos finais de semana para manter a demanda de atendimento de entregas. “Nossa greve é justa, ordeira e responsável”, informa o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect). Com a decisão da assembleia as lideranças sindicais vão mobilizar os ecetistas que ainda não aderiram à greve, além de buscar o apoio da sociedade. Para isso incentivam a distribuição de carta aberta à sociedade e promovem ações solidárias para explicar os motivos da greve à população.
Enquanto o processo não for julgado a ECT está proibida de descontar os salários dos grevistas. Por sua vez, a categoria tem que manter efetivo mínimo de 70% de trabalhadores nas agências.
