Doze presos: PF apresenta resultado da operação Smoke Free

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RIO DE JANEIRO/SUL FLUMINENSE

No final da noite de ontem, a Polícia Federal divulgou o resultado na operação Smoke Free, realizada nesta quarta-feira com objetivo de desmantelar organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros. A ação contou com apoio do Ministério Público Federal e da U. S. Homeland Security Investigations (HSI). A deflagração contou ainda com apoio das Corregedorias da Polícia Militar e do Corpo dos Bombeiros no Rio de Janeiro. Militares de dois batalhões do Sul Fluminense são investigados na ação.

Segundo a PF, foram 12 presos na operação e apreensão de cerca de R$ 400 mil em espécie, milhares de cigarros clandestinos, veículos de luxo, joias, mídias, celulares, computadores e documentos diversos.

No total foram expedidos 27 mandados de prisão preventiva. Deles, 15 são contra policiais. A PF não informou quantos são os agentes de cada batalhão, mas as unidades são a do 28° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Volta Redonda, 33° BPM de Angra dos Reis, na região; e os batalhões de São Cristóvão, Duque de Caxias, Queimados e a unidade do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE). Nenhum deles se manifestou sobre o caso.

Na ação de ontem, 300 policias federais cumpriram 27 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Além dos mandados, ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões de reais, foram emitidas. Dentre os bens, estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, valores depositados em contas bancárias, entre outros.

GRUPO CRIMINOSO

“De acordo com a investigação, iniciada em 2020, o grupo criminoso reiteradamente, no período de quase três anos (2019 a 2022), com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas (facções, milícias etc), através de acerto entre elas e o grupo ora investigado. Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros ilícitos cometidos”, disse em nota a PF.

Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Se condenados, podem sofrer penas privativas de liberdade que, se somadas, alcançam o patamar de 66 anos de reclusão, sem contar com as causas de aumento de pena.

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