BARRA MANSA
Você sabe o que é dorama? Desde a pandemia de Covid-19, as obras de audiovisual de ficção em formato de série, produzidas no leste e sudeste da Ásia têm ganhado o mundo. Muitos brasileiros, especificamente as mulheres, de todas as idades, acompanham essas séries nas mais diferentes plataformas. O país das novelas se apaixonou por histórias contadas em língua asiática. E em Barra Mansa, desde 2022, Luane Estephany da Silva Ferreira, de 21 anos, tem um Instagram (@luanestephany) voltado para esse gênero. Atualmente tem 113 mil seguidores.
Se você não viu um dorama, com certeza já ouviu falar. Seja em uma conversa com amigos ou familiares ou até mesmo em notícias. Em outubro de 2023, a Academia Brasileira de Letras incluiu a palavra “dorama” no dicionário da língua portuguesa. Recentemente, o Fantástico entrou no mundo dos doramas e, durante três domingos seguidos, a cultura asiática foi contada para a população, seja através da música, comidas ou das séries. O tema também estará na próxima novela das 19 horas da Rede Globo, chamada Volta por Cima, que incorporará elementos da cultura pop sul-coreana.
E é nesse cenário da disseminação dessa cultura que Luane tem visto crescer o conhecimento sobre o que são os k-dramas. Quando começou a falar sobre a moda hallyu, onda coreana, em 2022, o seu público maior era de São Paulo e Rio de Janeiro, com poucas pessoas da região Sul Fluminense. “Agora estou percebendo que a região está começando a falar sobre a Coreia e seus doramas”, diz. Nas redes, ela tem conteúdos totalmente voltados para a Coreia do Sul e os doramas, envolvendo looks, skincare e também o idioma que ela aprendeu sozinha, falando também com nativos. Aprendendo, ela conheceu um amigo coreano, Bae Gon Woo, o Luan.
Divulgação – Giovanna Villardo
Luane se casou em maio e o amigo coreano esteve em Barra Mansa para conhecer. “Foi uma surpresa para ele e para as pessoas. Ele gostou demais da nossa cultura e muitos conheceram sobre a dele. Foi a primeira vez que ele veio para o Brasil e ficou uma semana em Barra Mansa, três meses viajando no nosso país. Ficou muito abrasileirado, tanto nas falas, como no relacionamento com as pessoas. Os coreanos são mais frios, de modo geral”, contou.
No seu casamento com André, de 25 anos, narrou que queria uma cerimônia no estilo coreano. E teve: ao ar livre com um arco de flores, tudo em tons claros, karaokê, cabine de fotos, músicas e, claro, a atração internacional, o amigo Luan.
Divulgação – Bruno Ourique
SONHO DE IR PARA A COREIA
Questionada se tem o sonho de ir para a Coreia do Sul, disse que sim e que irá em 2025, no mês de maio. “Quero primeiramente visitar os restaurantes de lá; as pessoas dizem que as comidas são diferentes das que conseguimos comer no Brasil. Quero visitar os palácios onde têm os hanboks (tradicional vestido coreano) e também quero caminhar entre as cerejeiras”, falou Luane, completando que ainda quer realizar o outro sonho: de estudar o idioma na Coreia. E sobre o marido André? Como ele vê isso tudo? “Ele está virando dorameiro agora”, riu.
Luane anda nas ruas vestida no estilo das coreanas. Disse que já virou um estilo de vida. E é justamente esse estilo “dorameiro” que tem conquistado cada vez mais corações, oferecendo uma perspectiva leve e romântica da vida. Para os dorameiros, o mundo se torna um cenário onde o amor pode surgir a qualquer momento, seja em um encontro casual ou na figura de um CEO charmoso que aparece inesperadamente. É uma maneira de viver com os olhos cheios de esperança, onde cada dia é uma nova cena em uma narrativa de possibilidades infinitas, onde o coração é aquecido pelas pequenas coisas e pelos grandes sonhos. Afinal, quem não gostaria de viver em um mundo onde o final feliz está sempre ao alcance?
Divulgação – Bruno Ourique
