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A partir de quarta-feira, tradicionais sacolas plásticas sumirão de supermercados

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA

Nas últimas semanas, os donos de supermercados do município vêm chamando a atenção do consumidor para o fim das sacolas plásticas nos estabelecimentos. É que, conforme a Lei Estadual 8006/2018, de autoria do deputado Carlos Minc, a partir de quarta-feira, 26, fica proibida a distribuição gratuita das bolsas plásticas na cidade e em todo o Estado do Rio de Janeiro.

E para incentivar a proteção ao meio ambiente, os supermercados de Volta Redonda decidiram disponibilizar as novas sacolas plásticas, feitas com 51% de material de fonte renovável, a preço de custo. A ideia é uma forma de conscientizar as pessoas contra o descarte incorreto que acaba sendo prejudicial ao meio ambiente. Até duas serão distribuídas gratuitamente. Se o consumidor necessitar de mais, cada unidade custará R$ 0,06. Ele pode ainda levar sacolas retornáveis de casa.

DIVIDINDO OPINIÕES

A determinação vem dividindo opiniões. Muitos consumidores não acreditam que somente com essa lei o lixo plástico no Brasil vai deixar de existir. Além disso, garantem que quem vai lucrar com isso são os empresários e, como sempre a população que vai pagar por isso. Outros acreditam que com menos sacolas plásticas, o meio ambiente vai agradecer. “Mesmo que a lei não for cumprida, com certeza as pessoas que se preocupam com o meio ambiente vão pensar duas vezes. E assim de um jeito ou de outro vão deixar as sacolas plásticas de lado. Eu acredito nisso”, declarou a dona de casa Maria Janice dos Santos, ressaltando que é a favor de tudo para ajudar o meio ambiente.

O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Barra Mansa, Carlos Roberto de Carvalho, o Beleza, disse que a nova lei exigirá a mudança de comportamento de toda a sociedade. “Temos a sensação equivocada sobre a praticidade das sacolas, principalmente no que se refere ao acondicionamento de lixo. O fato é que, quando acontecem situações de cheias dos rios e outras catástrofes da natureza, como as vividas recentemente no município, fica evidente o alto custo ambiental provocados por esse tipo de material, produzidos com recursos naturais não-renováveis, como o petróleo e o gás natural. As sacolas plásticas são grandes vilãs da preservação ambiental. Daí a importância da mudança de comportamento, que associada ao descarte correto do lixo com reciclagem e as sacolas biodegradáveis trarão um impacto altamente positivo para a natureza. ”, destacou Beleza.

REUNIÕES PARA SE ADEQUAR À LEI

As reuniões para se adequar à Lei têm sido realizadas no Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda (Sicomércio-VR). Segundo destacou o presidente do Sicomércio-VR, Jerônimo dos Santos, a ideia dos supermercadistas é que cada vez mais as pessoas utilizem sacolas próprias, reutilizáveis. “O objetivo é que as pessoas evitem também o acondicionamento do lixo nessas embalagens, que acabam indo parar na natureza, rios e mares, além de bueiros, provocando alagamentos na cidade”, destacou Jerônimo, alertando que uma sacola plástica leva mais de 400 anos para se decompor na natureza.


Jerônimo dos Santos lembrou ainda que disponibilizar as sacolas a preço de custo é uma forma de incentivar o consumidor a levar a própria embalagem. Lembrou também que, aos poucos, o consumidor vai se conscientizar de que o ideal mesmo é levar a própria sacola para que a cada dia, menos sacolas sejam distribuídas e muito menos sejam jogadas no meio ambiente. “Em países da Europa, por exemplo, isso já é uma realidade. E, agora, queremos, fazer a nossa parte que é conscientizar”, informou o presidente do Sicomércio-VR.

DADOS INTERESSANTES

– Cerca de 1,5 milhão de sacolas plásticas são distribuídas por hora no Brasil;

– Para produção das sacolas são consumidos petróleo ou gás natural, ambos recursos naturais não-renováveis, água e energia e liberados efluentes rejeitos líquidos e emissões de gases tóxicos, que contribuem para o efeito estufa;

– Seu descarte incorreto no meio ambiente aumenta a poluição, entope bueiros que escoam as águas das chuvas ou indo parar nas matas e oceanos, sendo ingeridas por animais que morrem sufocados ou presos nelas;

– Decomposição de uma sacola plástica leva mais de 100 anos;

– As novas sacolas devem possuir 51% de materiais provenientes de fontes renováveis e terão ter resistência de no mínimo dez quilos. Pode ser reutilizada em até 60 vezes. Com a finalidade de facilitar a coleta seletiva, as sacolas serão confeccionadas em duas cores: verde, para os resíduos recicláveis, e cinza, para os demais rejeitos;

– Grandes redes de supermercados terão que se adequar imediatamente a nova lei, já os mercados menores, até novembro deste ano. Demais estabelecimentos, como lojas, padarias e farmácias, por exemplo, terão até junho de 2020 para se enquadrar a legislação.

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1 Comentário

Flavia 24 de junho de 2019, 21:51 - 21:51

PREOCUPAÇÃO IMBECIL, pois basta observar que ABSOLUTAMENTE TUDO no supermercado é embalado e feito de PLÁSTICO da pior qualidade.
SE alguém pensasse por aí e realmente o interesse fosse o meio ambiente, EXIGIRIA que TODO e QUALQUER PLÁSTICO fabricado no mundo fosse BIODEGRADÁVEL.
Bando de dementes que se ajoelham aos pés dos impérios que são redes como Walmart por exemplo, lobby para leis igualmente imbecis.
E O PIOR É QUE AS SACOLAS VENDIDAS SÃO do MESMO PLÁSTICOPÉSSIMO QUE ANTES!

O objetivoé cobrar pela sacola.

Gente estúpida. E de doer.

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