Dono de empreiteira que deu ‘calote’ em trabalhadores está sendo procurado

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VOLTA REDONDA

Desde o último dia 16, cerca de 60 pessoas buscam o paradeiro de Jonas Azevedo, que segundo eles seria proprietário da empreiteira Engsil Engenharia e Projetos. A empresa, que havia sido contratada por alguns lojistas do Shopping Park Sul, inaugurado na última terça-feira, 23, para a finalização de alguns serviços, de acordo com os funcionários, abandou o trabalho sem dar satisfação aos trabalhadores que ficaram sem receber os dias trabalhados e os direitos trabalhistas.

Um dos reclamantes é o soldador Marcos Paulo dos Santos da Silva, de 32 anos. Marcos contou que, por falta de pagamento, ele e outros funcionários decidiram fazer uma paralisação nas atividades. Só que, segundo o soldador, o proprietário da empresa, que alegou falta de dinheiro para pagar pelo serviço, desapareceu de um dia para outro deixando todos os funcionários sem pagamento. Ainda segundo Marcos, cada envolvido está ‘correndo’ atrás do prejuízo, pois estão sem pagar as contas de luz, água e até aluguel como ele. “Estamos sem saber o que  fazer, pois o Jonas não nos atende e muito menos falou para onde iria. É uma falta de respeito para com trabalhadores como nós”, reclamou.

Como Marcos, os outros trabalhadores garantem que estão em busca do paradeiro do dono da empresa, mas que até agora não conseguiram descobrir onde ele está. Disseram que faltava pouco para completar o serviço quando ele desapareceu. “Fomos informados que ele recebeu dos lojistas, mas que não repassou o dinheiro para nós. Ele sumiu de repente com o dinheiro de todo mundo. A gente parou todo o serviço e ele fugiu. Agora ninguém consegue saber se vai conseguir receber”, declarou o soldador.  

60 FUNCIONÁRIOS

Disse outro trabalhador que são cerca de 60 funcionários, mas que cada um com um tempo de trabalho, que varia de quinze dias a três meses. “Estamos todos na mesma situação, sem pagamento e sem explicação. Tem gente com até três meses. Queremos uma solução para o nosso caso. Trabalhamos e queremos receber o que é de nosso direito. Só comigo ele havia combinado de pagar R$1 mil por quinzena, mas nada. Como o Shopping estava para ser inaugurado, nos últimos dias chegamos a trabalhar direto, até durante a madrugada. Fizeram a gente de trouxa”, lamentou, lembrando que a empresa responsável pela obra do novo Shopping e a direção do empreendimento nada têm a ver com a empreiteira. “Disseram que a Engsil não tem contrato e nenhum vínculo com eles. Como pode?” Indagou o trabalhador.

O diretor do Sindicato da Construção Civil de Volta Redonda Região, Zeomar Tessaro, informou ao A VOZ DA CIDADE, que desde que recebeu a denúncia, a direção da entidade iniciou as investigações e segue em busca de informações do paradeiro do dono da empresa. Em primeiro lugar buscou informações da empresa Racional, que foi responsável pela contratação de terceirizadas para a obra de construção do novo shopping. Lembrou que foi informado que a Engsil não foi contrata pela direção do empreendimento, mas por donos de algumas de lojas, ou seja, operou para lojistas, o que foi informado também aos trabalhadores.

A VOZ DA CIDADE tentou contato com o proprietário da empresa, que não foi localizado.

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