Doação de órgão: um ato de amor que salva vidas

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BARRA MANSA

Para muitos a morte é sinônimo do fim, para outros é a chance de um recomeço. Falar sobre doação de órgãos pode até assustar a principio, mas não pode ser um eterno tabu. No Brasil, milhões de pessoas estão na fila de espera por um doador compatível e a Organização de Procura de Órgãos e Tecidos Humanos (OPO), trabalha para estruturar os familiares de pessoas, principalmente em estado de morte encefálica, sobre o assunto. A Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa conta com esse serviço e somente em 2020 conseguiu salvar 42 vidas, através do programa.

Dia 27 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos Humanos e junto à data, vem a importância em concientizar a sociedade sobre o assunto. Com a pandemia da Covid-19, as taxas de doadores caíram 6,5%, no primeiro semestre de 2020, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes.

No último dia 8 deste mês, um jovem de 19 anos faleceu após passar alguns dias internados na Santa Casa, após muito diálogo entre a equipe da OPO com os familiares, foi autorizada a retirada dos órgãos. Na própria instituição, foram extraídos os dois rins e fígados, com essa atitude, três pessoas que estavam na fila de espera pelo transplante tiveram suas vidas salvas.

Segundo a coordenadora da OPO da Santa Casa de Barra Mansa, Daniela da Silva, é muito importante que as pessoas que desejam ser doadora alertar seus familiares. “Esse último caso, do jovem de 19 anos, após sofrer um acidente de moto, ele teve teve sua morte encefálica confirmada. A família mesmo em um momento de dor teve um ato de amor em pensar no próximo quando aceitou a doar os órgãos de seu familiar. Esse é mais um trabalho de excelência realizado na Santa Casa”, expressou.

Daniela ainda explicou como funciona a identificação de possíveis doadores. “Independentemente do sim dá família, todos os pacientes com critérios clínicos sugestivos para morte encefálica tem o seu protocolo aberto e quando finalizado, tem seu diagnóstico confirmado, são realizados dois exames clínicos por médicos diferentes, teste de apneia e exame complementar”, explicou complementando.  “A cirurgia de retirada desses órgãos é realizada por médicos cirurgiões que compõe a equipe do Programa Estadual de Transplantes”.

Para finalizar, a coordenadora deixou uma importante mensagem. “Um único doador pode ajudar até oito pessoas que estão na fila do transplante. A morte é difícil para todos, mas ela também pode ser a chance de uma nova vida para pessoas que estão lutando para viver”, concluiu.

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