Diretoria do Sindicato do Funcionalismo pede exoneração em massa e deixa presidente sozinho  

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VOLTA REDONDA

Depois de quase quatro anos observando e discordando das atitudes do presidente do Sindicato do Funcionalismo Público do Município (SFPM), Ataíde de Oliveira, a diretoria decidiu se exonerar em massa. Hoje pela manhã, após reunião com o presidente, Conselho Fiscal e Diretoria, na sede da entidade sindical, na Rua Edson Passos, no bairro Aterrado, os 12 diretores que restavam comunicaram em conjunto o afastamento da diretoria. Com a saída dos membros, o presidente ficou sozinho sem poder movimentar o Sindicato.

Segundo informou um dos diretores exonerado, Luiz Fernando Pereira, como secretário geral e defensor dos servidores municipais, como outros diretores vinha discordando de tais atitudes do presidente em relação aos funcionários. Lembrou que o papel do sindicalista é ficar ao lado do trabalhador, tentar o melhor para a categoria e acompanhar o que está acontecendo com o funcionário em seu setor. Só que, de acordo com o ex-secretário geral do Sindicato, isso não estava sendo feito.

O ex-secretário garantiu que o presidente só ia aos setores uma ou duas vezes por mês distribuir boletins e nas reuniões com os outros diretores somente a decisão dele valia. Na verdade não vem atendendo as demandas da categoria. Não está acompanhando o dia a dia da categoria “E isso vinha deixando a categoria desanimada. Em quase quatro anos fomos observando isso e vendo também a grande insatisfação não só dos servidores, mas também dos diretores que querem trabalhar em defesa dos servidores. Por isso, a maioria já vinha saindo aos poucos. Hoje(ontem) decidimos pedir exoneração em Conjunto”, informou

INSATISFAÇÃO

Luiz Fernando contou ainda que a insatisfação dos servidores já é tão grande que há meses formalizaram um abaixo assinado para a realização de uma nova eleição. Além disso, os trabalhadores alegam que o presidente está ilegal no cargo, já que ele próprio estendeu seu mandato de quatro para oito anos. “O Ataíde, na verdade, vinha tomando atitudes isoladas e não em conjunto com a diretoria”, disse Luiz Fernando, lembrando que agora, conforme o Estatuto do Sindicato, o presidente deve convocar uma assembléia com os servidores de onde deverá sair uma comissão eleitoral para, em seguida, marcar a eleição para a escolha do novo presidente do Sindicato do Funcionalismo Público de Volta Redonda. “O presidente tem 48 horas para convocar essa assembleia, a contar a partir da renúncia em massa dos diretores. Sou a favor de nova eleição para que os servidores passem a ser respeitados e defendidos. Torço para que a eleição aconteça o mais rápido possível”, completou Luiz Fernando.

Ao A VOZ DA CIDADE o presidente do SFPM disse que só irá falar sobre o assunto na próxima segunda-feira, 9, já que está consultando o Setor Jurídico sobre o ocorrido. Ataíde disse ainda que não irá falar agora, pois foi pego de surpresa com uma armadilha que fizeram para ele. “Armaram para mim e me pegaram de surpresa”, disse o presidente, que está sozinho no Sindicato sem poder fazer qualquer movimentação, já que depende da assinatura de outros diretores. Nem os quatro suplentes ele tem mais a sua disposição, pois um foi demitido e outros três renunciaram à suplência.

 

 

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