Diretora da OMS fala sobre a quarta onda de Covid-19 e faz alerta sobre o carnaval no Brasil

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FORTALEZA

A diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Acesso a Medicamentos, Mariângela Simão, afirmou nesta segunda-feira, dia 22, na abertura no Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que o mundo está entrando em uma quarta onda de casos de Covid-19. Ela destacou que, apesar dos dados atualmente positivos, o Brasil não pode relaxar no controle da doença. A mobilização em torno do carnaval brasileiro é um dos pontos de preocupação apontados pela diretora da OMS. “Me preocupa bastante quando vejo no Brasil que tem discussão sobre a abertura do carnaval. Isso é realmente uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar já as ações para 2022”, disse Mariângela Simão

A diretora da OMS citou o carnaval no Brasil enquanto analisava quais devem ser as estratégias globais no atual momento da pandemia. Mariângela ressaltou, entre outros pontos, que o momento exige políticas públicas baseadas em evidências científicas. Ela disse que é preciso apoiar “reaberturas seguras”, com gerenciamento de risco adaptado a cada contexto local. E foi nesta avaliação que a diretora fez o alerta sobre sua preocupação com o carnaval nas cidades brasileiras.

A Quarta onda

O debate sobre a realização do carnaval ocorre no momento em que o Brasil vê a curva de casos e mortes em queda, e países da Europa enfrentam o ressurgimento dos casos. Durante sua palestra no Congresso Brasileiro de Epidemiologia, Mariângela Simão afirmou que é visível a “ressurgência de casos de Covid-19 na Europa”. Ela citou as mortes registradas nas últimas horas. “Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E os dados cumulativos são 255 milhões de casos e 5,1 milhões de óbitos. E é claro que isso reflete uma enorme subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, citou a diretora da OMS.

Ela ainda apontou que a transmissão permanece concentrada em populações suscetíveis e onde as medidas sociais e de saúde são usadas de forma inconsistente. “Este é um dos fatores determinantes da ressurgência de casos na Europa. Os surtos que estão havendo em diferentes países europeus são por conta do aparecimento de casos em pessoas não vacinadas”, afirmou Mariângela Simão.

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