Dinheiro Descomplicado- 6 de dezembro 2018

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LCI, LCA, LF, CRI, CRA e outras sopas de letrinhas

Com a popularização das corretoras independentes, pequenos investidores passaram a ter acesso à muitas modalidades de títulos privados que não eram facilmente encontrados nos bancos tradicionais. LCI pra cá, CRA pra lá e muita gente ficou sem saber escolher entre a gama de opções do mercado. O problema de quem não conhece o caminho a ser perseguido é o risco de se perder. Então vamos à algumas informações que vão te ajudar a fazer a escolha certa.

Embora essa modalidade de investimento esteja menos exposta às oscilações causada pelo comportamento do mercado financeiro do que as ações por exemplo, existe um risco que fica invisível em sua cotação diária, o risco de crédito. Quando se compra esses títulos representados por siglas, significa que você está emprestando dinheiro ao emissor, então é preciso entender como está a saúde financeira de quem está recebendo sua reserva. Pra isso vale jogar no Google e procurar saber quem é o emissor, se ele está envolvido com corrupção ou outras notícias negativas na mídia, tem planejamento e mercado sustentável para os próximos anos, já deu calote antes, etc. Para quem não é expert no assunto sei que é muito difícil avaliar, mas existe um bom indicador que vai ajudar, o rating, ou em português, a classificação de risco. Algumas agências como a Moody’s e S&P Global avaliam todos esses dados e dão notas de confiança para cada título, elas são confiáveis, e indicam um bom caminho. Pra quem está começando pode optar pelos títulos classificados com AAA, são os que apresentam o menor risco de calote. Já ouviu que quando a esmola é demais o santo desconfia? Assim também é no mercado financeiro, os títulos que oferecem os maiores rendimentos são os que possuem o maior risco de crédito, então antes de investir, avalie se no pior dos cenários, você pode ficar sem aquele pedaço do seu montante.

Vale ressaltar que o valor investido nesses títulos não pode ser o que é destinado às emergências, a maioria tem liquidez muito limitada e pode te deixar em uma situação complicada se for necessário usar. Se atente ao prazo de vencimento do título, e correlacione este tempo com os seus projetos pessoais. Vai comprar um imóvel? Trocar de carro? Ter um filho? Se este dinheiro vai financiar qualquer um desses projetos é melhor optar por rendimentos menores, mas com prazos menores.

Agora é só juntar todas essas dicas e escolher a corretora que vai te cobrar as menores taxas possíveis para intermediar a compra e custodiar estes títulos. Com certeza eles farão diferença na rentabilidade da sua carteira e serão vitamina para o crescimento das suas reservas. Ficou com dúvida? Escreve pra mim.

 

 

 

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