Dieta visa melhor alimentação e melhorias no meio ambiente

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BARRA MANSA

A dieta Flexitariana – ou semi-vegetariana – é uma nova modalidade da dieta vegetariana que tem como base do seu cardápio frutas e legumes, mas sem excluir completamente o consumo de carne. Seguindo a dieta, a mulher perde peso e ainda diminui as chances de sofrer com doenças cardíacas, diabetes e até mesmo câncer. É uma dieta de longo prazo, mas que traz resultados excelentes para a saúde e bem-estar. Conheça como funciona a dieta flexitariana e os grupos alimentares que você deve inserir na sua alimentação.

Ser flexitariano, de acordo com a nutricionista Raphaela Rocha, significa comer principalmente alimentos de origem vegetal (frutas, verduras, legumes, grãos, nozes e produtos de soja), mas não exclusivamente isso. “Carnes podem ser consumidas ocasionalmente – é por isso que o flexitarianismo também tem sido chamado de ‘vegetarianismo casual’, e está se tornando cada vez mais popular – mas isso significa uma grande redução em relação ao que entra no prato atualmente”, explica.

A nutricionista defende a adição de uma maior variedade de alimentos às refeições, o que pode ser extremamente benéfico para a saúde. “Alimentos de origem vegetal são boas fontes de proteína, como lentilhas, feijões, ervilhas, nozes e sementes. A fibra solúvel encontrada em lentilhas e feijões também ajuda a combater o colesterol alto. Nozes e sementes –como linhaça, pinhões, sementes de gergelim e sementes de girassol –são ricos em gorduras poliinsaturadas, que ajudam a manter os níveis de colesterol saudáveis e fornecem ácidos graxos essenciais”, destaca.

Além disso, a pesquisa mostrou que a combinação de atividade física regular com uma dieta flexível pode promover um estilo de vida de acordo com as recomendações para reduzir os riscos de câncer de mama e de próstata.

Para quem gosta de carne, é necessário escolher as mais saudáveis para incluir no cardápio. “Carnes magras de boa qualidade, como frango ou peru, são melhores para a dieta. Carnes processadas – como bacon, salsichas, salame, presunto e patês –devem ser consumidas esporadicamente, pois são ricas em gordura saturada e sal, e fornecem poucas vitaminas e minerais”.

Preocupação ambiental

A dieta, de acordo com estudos, visa uma melhor saúde para o planeta, de acordo com os pesquisadores, no caso da carne bovina é preciso haver uma redução de consumo da ordem de 73%. Para a carne de porco, seriam quase 90% a menos. Isso reduziria pela metade as emissões de gases de efeito-estufa da pecuária – e uma melhor gestão das fezes desses animais permitiria uma diminuição ainda maior.

O estudo mostra uma lista com 25 produtos e, desse total, 12 têm a ampliação do consumo recomendada. Além de feijão, nozes e sementes, há, por exemplo, mais soja, óleos vegetais, frutas e peixes. Por outro lado, prevê grandes reduções nos volumes também de ovos, arroz, açúcar, trigo, raízes, milho, azeite de oliva, leite e aves.

A ideia é reduzir o impacto de sistemas de produção que geram maiores danos ambientais –porque emitem mais gases de efeito-estufa (como a pecuária, que fornece carne, leite e ovos), desmatamento ou escassez de água (em culturas agrícolas) – por outros menos “ambientalmente intensivos”.

Os pesquisadores descobriram que uma mudança global para esse tipo de dieta é necessária para manter a mudança climática abaixo de 2ºC, se não de 1,5ºC –que é a meta atualmente estabelecida. Além disso, segundo os cientistas, ser flexitariano pode melhorar a saúde e ajudar a economizar dinheiro.

 

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