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Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: a doença silenciosa que pode levar à cegueira

Por Andre
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VALENÇA

Neste domingo, dia 26, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma data importante para a conscientização sobre essa doença ocular silenciosa e potencialmente devastadora que acomete 20% dos idosos com mais de 75 anos no Brasil. O glaucoma tem como um dos principais fatores de risco a elevação da pressão ocular e, quando não tratado adequadamente, pode levar à cegueira. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo, diferentemente da catarata, que também pode causar cegueira, mas que é possível fazer cirurgia, com grandes chances de reversão.

Marília Lima, médica oftalmologista do Hospital Escola de Valença (RJ), explica que o glaucoma é uma doença que lesiona o nervo óptico, uma estrutura fundamental para a visão. “O nervo óptico está dentro do olho e é responsável por levar o impulso nervoso ao cérebro, onde as imagens são formadas. Uma das características preocupantes do glaucoma é a perda do campo periférico de visão, que muitas vezes passa despercebida pelo paciente até que o dano seja significativo”, ressalta, alertando que o glaucoma é uma doença que não se correlaciona com a dor, tornando sua detecção ainda mais difícil. Existem vários estágios e tipos de glaucoma, o que torna essencial a consulta regular com um oftalmologista para monitorar a saúde ocular e identificar qualquer sinal precoce da doença.

Fatores de risco


A oftalmologista destaca alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma: idade avançada, histórico familiar positivo, uso prolongado de corticoides (que podem aumentar a pressão intraocular), diabetes e altos graus de miopia. “Os pacientes míopes, aqueles com erros refracionais que necessitam do uso de óculos ou lentes de contato, também apresentam maior risco de desenvolver glaucoma”, alerta.

Ainda segundo Marília, o tratamento do glaucoma é contínuo e personalizado para cada paciente. “Nas fases iniciais, o tratamento é feito com colírios específicos, mas pode incluir também laser, cirurgia e implantes de tubos para drenar o líquido que causa a pressão ocular elevada. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio do glaucoma, bem como das características individuais de cada paciente”, explica.

A prevenção e o diagnóstico precoce são cruciais para evitar a progressão do glaucoma e a perda visual irreversível, já que a doença pode ser paralisada com tratamento específico. Marília enfatiza a importância de consultas regulares ao oftalmologista e alerta sobre o uso de medicações sem prescrição médica. “Muitos colírios contêm corticoides, que podem aumentar a pressão intraocular e agravar o glaucoma. É fundamental usar apenas medicamentos prescritos por um profissional de saúde”, recomenda.

Quanto antes o glaucoma for diagnosticado, menores as chances de problemas na visão. A orientação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) é que os brasileiros agendem uma consulta oftalmológica uma vez ao ano. E é importante que nessa consulta o médico faça a medição da pressão dos olhos, o exame de fundo de olho e verifique os fatores de risco no histórico do paciente.

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