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Dia internacional pela eliminação da violência contra a mulher é celebrado com ato de conscientização em Barra Mansa

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, foi marcado por um ato de conscientização no município. Realizado pela Associação Mulher, Cidadania, Ambiente e Economia Solidária, o ato aconteceu na Praça da Matriz onde a população pode saber um pouco mais sobre a atuação da Associação e da data.

O trabalho pode ser conferido em https://www.facebook.com/mulhercidadania.

De acordo com a presidente da Associação, Nilda Barbosa, todos os anos a entidade está na praça realizando este ato de conscientização. “Estamos sempre falando, buscando informar e conscientizar a população. Nossa principal luta é pela volta do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), este centro existia e foi fechado. É um lugar onde as mulheres vítimas de violência sapo acolhidas com respeito e dignidade, onde há acompanhamento jurídico e psicológico. Ela já está fragilizada pela violência, então ter que ir até uma delegacia para prestar queixa, e encontrar diversos homens é mais um momento de dificuldade”, comenta. Ainda de acordo com ela, a Associação está se reestruturando e levando informações a população através de eventos como este e da parceria com associação de moradores.

Já a presidente de honra da Associação, a ex-prefeita e ex-deputada estadual, Inês Pandeló ressalta que a pandemia contribuiu para o aumento de casos de violência. “Todo ano é divulgado o Dossiê Mulher, a partir desta data. A pandemia favoreceu a alta de casos, mas em consequência, a baixa no registro. Em bairros periféricos, ou em qualquer outro lugar, as mulheres estão convivendo diretamente com o inimigo que não deixa essa mulher sair de asa, quanto mais registrar um boletim de ocorrência ou acessar um celular”, analisa.


DADOS

Os dados mais recentes apontam que o Brasil é o 5º país que mais mata no mundo, sendo as mulheres negras a sua maioria.  Uma mulher é morta a cada sete horas, uma mulher é agredida a cada dois segundos, são 180 estupros por dia, destes, mais da metade acontecem contra meninas de até 13 anos de idade. A cada 24 horas: 91 mulheres foram vítimas de lesão corporal dolosa, 83 foram vítimas de ameaça, 53 foram vítimas de injúria e 11 foram vítimas de estupro.

De 78 vítimas de feminicídio, nove possuíam medidas protetivas contra seus agressores. Em 5 ocasiões os filhos presenciaram a agressão da mãe.  74% ocorreram em um ambiente residencial e 59 % dos autores possuíam registro de algum crime prévio.

Os dados são do Dossiê Mulher, do Rio de Janeiro, que ainda informa em sua 16ª edição, que 98 mil mulheres foram vítimas de violência familiar e doméstica no estado.

 

 

 

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