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Dia internacional de combate à violência contra a mulher é lembrado na Praça Da Matriz

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

A Associação Mulher Cidadania, Ambiente e Economia Solidária, realiza até o meio um evento relacionado ao Dia internacional de combate à violência contra a mulher, celebrado neste domingo. Entre as atividades estão música, materiais visuais com pinturas e cartazes. A iniciativa acontece na Praça da Matriz.

Na ocasião, ocorrerá também dissertação de poesias, depoimento de mulheres e a distribuição de panfletos, para reivindicar a volta do Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Barra Mansa (Ceam).

De acordo com a presidente da associação, Lúcia Helena Alves, a data tem o objetivo de alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres. Atualmente, cerca de 150 países desenvolvem esta Campanha. No Brasil, a campanha ocorre desde 2003.  “São 16 dias de ativismo em todo o mundo, a data é uma homenagem a três irmãs (Pátria, Minerva e Maria Tereza), mortas em 1960 por serem opostas a Ditadura Militar na República Dominicana. Este é um evento que visa a conscientização e de luta de toda a população”, relembra.

Durante o evento, a Associação está panfletando e explicando a importância do município reativar o Centro Especializado de Atendimento a Mulher (Ceam), o local, foi inaugurado em 2009 e era um espaço que acolhia as vítimas de violência, no Parque da Cidade Natanael Geremias. O local era formado por uma equipe de profissionais das áreas de serviço social, psicologia e direito. Contudo, foi fechado em 2016. “A mulher que sofre violência, precisa de um espaço especifico para atendimento, onde ela seja acolhida e se sinta protegida. Já fizemos um abaixo assinado e foi protocolado na prefeitura e na câmara, as ainda não obtivemos resposta alguma”, lamenta.  

25 de novembro

No Brasil 13 mulheres são assassinadas por dia e quase cinco mil por feminicidio;

Uma mulher é vítima de estupro a cada nove  minutos;

Três mulheres são vitimas de feminicidio a cada dia;


No Rio de Janeiro há mais de quatro mil casos de registros de estupro;

Quase 40 mil registros de lesão corporal dolosa registrados.

Em Barra Mansa, em 2017, foram registradas 16 tentativas de homicídio contra mulher, 367 casos de lesão corporal, 41 casos de estupro e três tentativas, um caso de assédio sexual. Um homicídio doloso foi registrado.

Associação Mulher Cidadania, Ambiente e Economia Solidária

A associação, responsável pelo evento, tem 25 anos de existência, sem fins lucrativos e conta com 45 membros. São realizadas reuniões na 3º sexta-feira de cada mês, na Sala da Igreja Matriz de São Sebastião, no Centro. O grupo trabalha com o direito da mulher, acompanhamento com políticas públicas, palestras em escolas, plenários temáticos para a população, projetos para comunidades, a conscientização e combate as discriminações racial, social, étnica, religiosa e de orientação sexual contra a mulher.

Segundo a presidente da associação, Lúcia Helena Alves, a luta das mulheres por mais igualdade, já mudou muita coisa. “Hoje nós entendemos que a violência contra a mulher não é apenas física, ela é tudo o que causa constrangimento social, político, econômico, moral, mental e emocional”, contou, completando que a Lei Maria da Penha foi um grande avanço na luta das mulheres.

No aniversário de 12 anos da Lei Maria da Penha, no dia 7 de agosto, o Ministério dos Direitos Humanos (HDM), que administra a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o Ligue 180, divulgou que no primeiro semestre de 2018, foram registradas quase de 73 mil denúncias de violências contra a mulher. De acordo com a presidente, nos dias atuais as mulheres têm mais coragem de denunciar. “Antes as mulheres, por medo, se calavam e acabavam até morrendo. Hoje em dia, denunciam mais, porém, para ter coragem, é preciso ter respaldo e proteção. Pois as mulheres ficam com medo de retaliação”, afirmou.

Lúcia Helena contou ainda que as mulheres que mais procuram a associação, geralmente buscam auxílio e conselhos para lidarem com situação de maridos que bebem e ficam agressivos. “Algumas estão passando por problemas porque, querem romper a relação, onde o homem não aceita e começa a ser agressivo”, conclui.

 

 

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