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DIA DO BICHO-PREGUIÇA: animal que virou um dos símbolos de Barra Mansa

Data tem por objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância desse animal para a fauna tropical

Por Roze Martins
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BARRA MANSA

Podendo ser considerado um patrimônio de Barra Mansa, o Dia Internacional do Bicho-Preguiça é comemorado neste sábado, dia 19, o terceiro sábado do mês de outubro, e visa conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação dessas espécies para a flora tropical. E, levando em conta que o animal se tornou uma referência e um dos símbolos de Barra Mansa, o A VOZ DA CIDADE foi às ruas entrevistar a população e saber o que ele significa para a cidade, que tem com um dos pontos turísticos o Parque Centenário, tradicionalmente conhecido como “Jardim das Preguiças”. Atualmente, no local, segundo o biólogo Jefferson Alves de Souza, da Secretaria de Meio Ambiente, cerca de 20 animais vivem espalhados pelo parque.

Tendo como principal característica a sua lentidão, “as preguiças do jardim”, que chegaram em Barra Mansa em 1948, trazidas de Angra dos Reis, quando vistas nas grades do Parque Centenário ou penduradas nas árvores se tornam um verdadeiro atrativo para pessoas de todas as idades, mas em especial as crianças.

Mãe do pequeno Iago Machado de Andrade, de cinco anos, a analista de Recursos Humanos, Viviane Machado, de 45 anos, descreve como se sente cada vez que vê as preguiças. “Se o barra-mansense atravessar a passagem de nível da Duque de Caxias e ver um aglomerado de pessoas em frente às grades do jardim, pode ter certeza de que tem uma preguiça pendurada. É assim desde que eu era criança e a gente fica encantada quando vê o bichinho. Hoje, todas às vezes que eu passo aqui pelo Parque Centenário com meu filho, fico na torcida para a gente conseguir ver alguma porque ele adora, pede para tirar foto e fica todo feliz”, comentou.

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Foto: Iam Martins

Morando em Barra Mansa, Nouhou Mahamane Kakale, natural do Níger, estava no Parque Centenário na tarde da última quinta-feira, dia 17, observando uma preguiça que estava com seu filhote. Ao A VOZ DA CIDADE, ele contou que a filha também gosta muito de ir ao parque encontrar os animais.  “O jardim é um lugar que a gente contempla. Tinha dias em que a minha filha chegava aqui, encontrava cinco preguiças e voltava para casa muito feliz. Hoje eu encontrei uma com seu filhote e é uma coisa muito maravilhosa.  Espero que o jardim siga sendo cuidado da forma adequada e que elas possam se reproduzir cada vez mais para continuar sendo um legado da cidade”, ressaltou o nigerino.

Inspiração para um perfil das redes sociais

O DJ e publicitário Guto Silva é um grande apaixonado pelo bicho-preguiça. Inspirado por sua admiração pelo animal, ele e uma amiga criaram, há cerca de quatro anos, uma página em uma rede social chamada Preguiça BM, que já possui mais de cinco mil seguidores. De acordo com ele, além de informar sobre cuidados com a espécie, a página também tem a finalidade de falar sobre a cidade. “Barra Mansa é uma terra muito tradicional e a preguiça está aqui desde 1948. A gente sentia que a cidade estava sendo associada a coisas ruins; falavam mal na internet. Então escolhemos o bicho-preguiça como o melhor influencer para falar bem daqui, trazendo as coisas boas para a cidade. Cada fuga dela para a gente é uma história engraçada para a página, e hoje ela tem fotos com memes, cita algumas frases, ou seja, tem vida própria”, brinca o publicitário. Ele acrescenta que dentro do perfil da Fundação Cultura foi criado o projeto “Curiosidades do Bicho Preguiça”, onde o próprio animal, de forma lúdica, conta sobre seu cotidiano.


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Foto: Divulgação

Segundo Guto, a relação da cidade com a preguiça se destaca de tal forma que as pessoas já entram no Parque Centenário à sua procura. Sobre a data que comemora o Dia do Bicho-Preguiça, ele a avalia como positiva e uma forma importante para sua preservação. “As pessoas em Barra Mansa entram no parque já levantando a cabeça para saber se estão nas árvores e, quando estão nas grades, elas são uma atração. É uma identificação da cidade, assim como acontece em Piraí e Valença, embora Barra Mansa tenha as mais famosas”, salientou.

Características do bicho-preguiça

As principais características do bicho-preguiça, segundo o biólogo Jefferson Alves de Souza, são sua lentidão, a ocupação dos habitats no topo das árvores e a alimentação herbívora, que consiste principalmente em folhas e frutas. “Só existem dois tipos de preguiça: a de três dedos, que é a que temos em Barra Mansa, com o focinho mais alongado, e a de dois dedos”, explicou.

De acordo com ele, o principal desafio para a preservação desses animais no Brasil é atualmente a questão climática, pois são sensíveis a altas temperaturas. “Com o desmatamento e o efeito estufa, observamos uma diminuição desses bichos e suas atividades. Eles ficam mais reclusos, e não conseguimos ter tanto acesso a eles. É importante essa data porque o aumento da biodiversidade é fundamental para todos os seres vivos; faz parte de toda a cadeia do meio ambiente. A condição de um animal pode gerar o desequilíbrio em um local na fauna e na flora. Cada animal tem sua importância dentro do meio ambiente, e o bicho-preguiça também tem seu papel”, pontuou.

Sobre os cuidados com as preguiças em Barra Mansa, o biólogo destacou que, por serem herbívoras, elas se alimentam de folhas e descem de forma espontânea para fazer suas necessidades. Se alguma delas cair, é feita uma avaliação sobre a necessidade de um veterinário. “Se for necessário, a gente leva. Fazemos esse cuidado com as pessoas ao redor, que estão sempre observando se elas tentam fugir do local por conta da fiação ou da linha férrea, o que pode ser um problema muito grande. Temos aproximadamente 20 preguiças e tentamos fazer essa contenção, trazendo-as de volta para dentro do parque e mantendo-as ali para evitar atropelamentos”, ressaltou Jefferson.

Dia para conscientizar

O Dia Internacional do Bicho-preguiça tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre as ameaças à existência desse animal. É comemorado todo terceiro sábado do mês de outubro. A data foi escolhida em 2010, no Primeiro Encontro Internacional sobre Bem-Estar e Conservação dos Preguiças, que ocorreu na Colômbia. Por ser uma espécie endêmica do continente americano, o debate sobre sua preservação é essencial na região.

 

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