Dia de combate ao abuso infanto-juvenil será lembrado focando em ações permanentes

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BARRA MANSA

Nesta quarta-feira, 18, será celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e a secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), realiza uma série de ações. O objetivo é orientar pais, responsáveis e as crianças e adolescentes para prevenir possíveis casos e identificar os crimes. No ano passado foram 17 casos registrados em Barra Mansa. Neste ano já foram sete ocorrências. Números considerados alarmantes.

De acordo com o gerente de proteção especial, Alexandre Martins, a data é importante para trazer o assunto à tona, pois ainda é considerado um tabu. Ele destacou que os trabalhos precisam ser constantes. “Em todas as ações que realizamos ao longo do ano na Secretaria de Assistência Social, temos esse olhar de prevenção para as crianças e para as famílias, no sentido de estar orientando. Essa data tem a função de despertar a discussão e o falar sobre o tema, pois existem casos que não são identificados e notificados e precisamos enfrentar essa realidade”, disse.

Na cidade, os Cras trabalham a importância do diálogo e da prevenção para que todos fiquem em alerta. “Nós trabalhamos, por exemplo, com as crianças os cuidados com o corpo, enfatizando para elas quem pode tocá-las e onde esses toques são permitidos e onde não são. Mostramos a elas que o corpo delas é precioso e que as pessoas não podem tocá-las. Também destacamos a importância do diálogo com os pais”, explicou.

Ainda segundo Alexandre Martins, os números no município são considerados alarmantes, pois além dos notificados, há aqueles que não são registrados e não chegam às autoridades. “São dados preocupantes, pois sabemos que há um sub-registro, ou seja, casos que ocorrem, mas que não são denunciados ou que só vêm à tona anos depois. Por isso, achamos que esses dados são inferiores à realidade. O que chega até nós é proveniente das denúncias e relatos das vítimas. Por isso é muito importante o trabalho de orientação e de diálogo, principalmente com as crianças e os adolescentes, que são as vítimas. Elas devem ficar em alerta para os primeiros sinais da violência”, esclareceu Martins.

Quando há registro de abuso ou exploração, a vítima é acompanhada por uma equipe especializada. Além da orientação e do alerta destinados aos menores através do Cras, profissionais das escolas, de unidades de saúde e até guardas municipais são capacitados para identificar possíveis casos de violência.
A partir da identificação da violência as denúncias podem ser feitas de forma anônima através do ‘Disque 100’, que é um canal especialmente criado para atender esse tipo de crime. Além disso, os Creas e Cras podem ser usados como canais de denúncia.

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